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Bebidas energéticas: elas podem oferecer riscos à sua saúde

Elas têm sódio demais, excesso de açúcares e, quando misturadas com bebida alcoólica, tendem a ser tornar perigosas.  

 

10 abril 2017
energético

Tem gente que costuma ingerir bebida energética para virar a noite, seja com o intuito de estudar para a prova do dia seguinte ou para finalizar o trabalho que precisa ser entregue o mais rápido possível. Se você faz parte desse grupo, é bom ficar atento: levamos 10 desses produtos ao laboratório e constatamos que eles podem ser fonte de ameaça para o organismo por oferecerem sódio e açúcares em excesso, além de outros problemas.

Em relação ao sódio, saiba que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo de, no máximo, 2 g por dia desse mineral. Em nosso teste, vimos que a Extra Power e a Flying Horse têm 270 mg e 370 mg de sódio por lata, respectivamente. Assim, quem consumir quatro latinhas da Flying Horse já atinge o consumo de 1.480 mg, o que equivale a 74% do recomendado ao dia. E vale lembrar: o excesso de sódio tende a levar à hipertensão. 

Quanto à quantidade de açúcares totais, a situação é ainda pior. A OMS recomenda o consumo diário de 50 g (considerando uma dieta de 2 mil calorias). E sabe o que encontramos? A maioria das marcas tem, pelo menos, a metade dessa quantidade em apenas uma latinha. 
 
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Rótulos são problemáticos

Observamos ainda que as informações contidas nos rótulos nem sempre são verdadeiras. Com exceção da Flash Power, todas as outras bebidas ultrapassaram os 20% de diferença permitida por lei para a quantidade de sódio, sendo que Red Bull foi a com menor margem de erro (25%) e a Fusion, a maior (absurdos 287%!).
A quantidade de taurina também foi problemática. Red Nose, TNT e V!be têm, respectivamente, 33%, 30% e 51% menos taurina do que o informado no rótulo. Outras sete bebidas também pecaram nisso, mas ainda dentro do limite da variação permitida pela legislação.

Vale destacar ainda que em produtos como o TNT (foto abaixo), não há destaque para avisar que a bebida não deve ser consumida com álcool, nem por gestantes, mulheres que amamentam, idosos e pessoas doentes. Já na V!be, as mensagens vêm com o devido destaque, conforme exigido por lei.

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Produtos ainda tem muito o que melhorar
Após todas as análises feitas, chegamos a um veredito: nenhuma bebida avaliada tem qualidade suficiente para que possamos indicar a melhor do teste. E, além de não termos boas marcas no mercado, precisamos salientar os potenciais problemas de seu consumo excessivo. Segundo a OMS, a cafeína presente nas bebidas energéticas pode causar taquicardia e agitação. E quem beber muito pode ter, ainda, palpitações, tremores, aumento da pressão arterial, náuseas, vômitos e convulsões. Nas grávidas, há maior risco de aborto.
 
 
A OMS ainda alerta para os riscos de misturar bebidas energéticas e alcoólicas. As primeiras mascaram o efeito do álcool, dando uma falsa sensação de sobriedade e gerando um maior consumo de álcool. A mistura eleva o risco de dependência à cafeína e ao álcool e acentua comportamentos de risco, como a condução perigosa. E, para os mais jovens, o consumo pode afetar o desenvolvimento neurológico e cardiovascular. Por isso, fica a advertência: se for consumir bebidas energéticas, que seja com moderação.
 
 

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