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Mulheres semeiam saúde e ideias verdes em Goiânia

 Instituto Ecomamor começou com troca de informações sobre orgânicos, mas hoje leva hortas e conhecimento para escolas na capital de Goiás

11 março 2020

Mulheres semeiam saúde e ideias verdes em Goiânia

A ideia de três mulheres jovens de Goiânia (GO) era inicialmente trocar informações sobre alimentos orgânicos. A iniciativa que surgiu em 2014 cresceu, ultrapassou o campo das ideias, se concretizou e já beneficiou cerca de 20 mil pessoas. O Instituto Ecomamor desenvolve hortas urbanas em espaços ociosos na cidade, com a ajuda voluntária da própria população, com o foco de promover a segurança alimentar e o combate à pobreza. A produção é doada para o consumo da comunidade beneficiada, além de complementar a merenda das escolas. 

A primeira horta veio dois anos depois da criação de uma página no Facebook, a Clube dos Orgânicos, em 2014, para informações sobre os alimentos cultivados sem agrotóxicos. Hoje já são 23 espalhadas em espaços como escolas, asilos, vielas, além da participação em eventos e oficinas.

Uma das fundadoras, Jordana Carlos de Mendonça, 31, bacharel e mestre em Direito e Relações Internacionais e Desenvolvimento, explica que atualmente trabalham na instituição 16 pessoas, 14 delas mulheres.

"Além de importante mestra em nossas formações, a mulher enquanto agente de transformação de sua comunidade é quem move o mundo. Trabalhamos para fortalecer ainda mais o protagonismo das mulheres e acreditamos na força e importância dessa atuação para a construção de cidades mais saudáveis e justas", afirmou Jordana.

Ser semente

Para este ano de 2020, a Ecomamor realiza o projeto "Seja Semente, Plante Amor", que vai implantar, em até 30 instituições públicas ou conveniadas da rede municipal de ensino de Goiânia, o incentivo de hortas escolares e assim promover a segurança alimentar e nutricional de estudantes.

O planejamento também inclui formação pedagógica e ambiental para fortalecer comunidades de aprendizagem dentro dessas escolas, além de integrar estudantes, funcionárias e familiares em redes de cooperação com esse objetivo.Jordana enfatiza que as mulheres têm um papel fundamental quando o assunto é alimentação saudável e consumo sustentável. 

"Pesquisas mostram que as mulheres ainda exercem um papel muito forte de ‘cuidadoras’ e que a dupla jornada ainda é mais pesada para as mulheres. Nesse sentido fica clara a importância e relevância do papel feminino com relação aos hábitos domésticos. Com acesso à informação de qualidade, essas agentes de transformação podem se empoderar e se ver como protagonistas dentro da sociedade em que vivemos. Por isso focamos nosso trabalho na educação e formação de pessoas para que sejam semente e multipliquem boas práticas e ideias."

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