Notícia

Pesquisa PROTESTE: Aumento dos preços nos supermercados do RJ

O levantamento revela que o valor do feijão preto subiu 40% acima da expectativa e que há variações entre os supermercados

08 setembro 2020

Um dos impactos da pandemia no consumo é o aumento dos preços de produtos. A fim de verificar se houve aumento significativo no valor dos produtos nos supermercados, a PROTESTE fez uma Pesquisa de Preços em 50 estabelecimentos no município do Rio de Janeiro. O estudo compara 11 produtos da cesta básica entre os supermercados em 2020 e em relação ao mesmo período de 2019. 

Entre os dias 01 e 10 de agosto, os colaboradores da PROTESTE foram a campo coletar os dados por meio da metodologia conhecida como cliente oculto em que, de forma anônima, os estabelecimentos são visitados.  

Para comparar os preços atuais com os do ano passado, os especialistas PROTESTE recorreram ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para realizar uma projeção a partir dos valores apurados em julho de 2019. 

Aumento acima do percentual da inflação

A maior variação identificada pelo estudo foi a de 43% do feijão preto em comparação ao ano passado – este produto está 40% acima da inflação. Em seguida, o óleo de soja sofreu 36% de aumento, o leite integral, 23% e o álcool em gel, 18%. Dos itens analisados, apenas o sabão em pó e papel higiênico apresentaram resultados abaixo do preço de 2019 de acordo com o preço médio, entretanto, em alguns estabelecimentos, os especialistas identificaram variações superiores para esses produtos.

O preço médio, ao considerar todos os produtos, está 11% acima da inflação do período em relação a julho do ano passado. 

Produtos analisados

  • Arroz branco, feijão preto, leite integral, açúcar refinado, óleo de soja, papel higiênico folha dupla, água sanitária, desinfetante, sabonete, sabão em pó, álcool em gel. 

Variações por supermercados em 2020

Ao analisar somente os preços coletados em agosto de 2020, a água sanitária apresentou a maior variação com 145% entre os estabelecimentos. A segunda maior foi do óleo de soja com 107%

“É preciso fazer, mais do que nunca, uma pesquisa de preços para não pagar um preço abusivo pelo mesmo produto em mercados diferentes” destaca Henrique Lian, diretor de relações institucionais da PROTESTE, no podcast Momento PROTESTE da rádio CBN.

Medidas de segurança e higiene 

Além dos preços, o estudo analisou se, por parte dos estabelecimentos, eram cumpridas as medidas de segurança e higiene recomendadas pelos órgãos e agências de saúde para a prevenção do coronavírus. Todos os supermercados considerados obrigam o uso de máscara, disponibilizam álcool em gel aos consumidores e fornecem máscaras aos funcionários. No entanto, o percentual de higienização dos carrinhos foi de 54%, ou seja, 46% dos estabelecimentos não atenderam ao critério. 

Confira o podcast Momento Proteste na CBN sobre essa pesquisa.

Dicas para economizar no mercado

Orientações da PROTESTE para ajudar o consumidor a economizar no mercado. 

  1. Fazer a lista de compras antes de sair de casa e ser fiel a ela;

  2. Jamais fazer compras com fome, pois o consumidor tende a comprar mais produtos do que realmente precisa;

  3. Se possível, não levar crianças ao mercado;

  4. Levar uma calculadora (a maioria dos celulares de hoje em dia possuem este recurso, vale utilizar a tecnologia ao seu favor) e somar o que é adicionado ao carrinho. Por melhor que seja a promoção, o consumidor pode ultrapassar o seu limite;

  5. Não deixar passar muito tempo entre uma compra e outra. A possibilidade de comprar produtos supérfluos aumenta;

  6. Ter cuidado com a compra de grandes embalagens de produtos perecíveis. Comprar apenas o que puder consumir;

  7. Estabelecer um tempo para estar no supermercado. Quanto mais tempo em uma loja, maior será o tempo de circulação por áreas com produtos que não há necessidade de comprar;

  8. Observar as prateleiras acima ou abaixo da altura dos olhos. Se não tiver uma preferência de marca de um determinado produto, provavelmente o consumidor irá pegar a primeira que ver. Os produtos posicionados na altura dos olhos estão ali estrategicamente, com base na estatura média de homens e mulheres de uma determinada região, portanto, não é de se espantar encontrar os produtos mais caros nessa posição;

  9. Observar a data de validade dos produtos. Muitas vezes, produtos com validade próxima ao vencimento estão mais em conta, o que pode ser uma boa opção caso a intenção seja consumir num curto espaço de tempo. Avaliar se irá consumir de imediato, caso contrário, o consumidor poderá desperdiçar seu dinheiro, ao invés de economizar.

 

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