Venda de veículo com problemas

Resolvemos, eu e minha mãe, uma senhora de 65 anos, resolvemos trocar o carro, tendo em vista que tenho que leva-la ao médico e sempre realizamos viagens para casa de parentes em outro estado. Nossa decisão foi ter um carro com mais conforto e segurança, ledo engano! Em 04/12/2015 e fui até a loja da Renault - Grand Brasil, da Vila Guilerme, situada na rua Henrique Felipe da Costa, 544 – Vila Guilherme. Eu já havia entrado em contato com o vendedor Marcelo Batista, pelo telefone, a respeito do veículo FOCUS 2012, placas FEX7197, com cerca de 54.000 km, que estava anunciado num site de buscas de veículos usados. Verifiquei o carro, fiz um teste drive e resolvi comprar o carro. Fiz no mesmo dia o valor do depósito do valor total do carro e encaminhei a documentação. Após a concretização do negócio, fui informado que o veículo só seria liberado dentro de 7 (sete) dias uteis para revisão e tramites internos. Enfim, no dia 14/12/2015 eu consegui pegar o carro. Durante a semana eu usei o carro somente em perímetro urbano, na faixa de 50 a 60 km/h. No dia 19/12/2015 eu e minha família resolvemos ir a Itanhaém, após o pedágio da Rodovia Airton Senna, o carro quando ultrapassava os 90km/h apresentava problemas no cambio automático. O mesmo não reconhecia as marchas mais altas, quase que entrando em ponto morto e perdendo potencia. No primeiro tempo o defeito parecia intermitente, ao chegar à Baixada Santista o problema se tornou constante. Ao chegar à residência, eu encaminhei uma mensagem para o vendedor, via whatsapp, informando do caso. O mesmo prestou algumas informações e eu resolvi voltar na madrugada, para São Paulo, por conta do menor fluxo de veículos na estrada. A volta foi feita em 50km/h, pois acima dessa velocidade o cambio apresenta perda das marchas, a rotação do motor se elevada acima dos 5.500 giros e o carro perde potencia. Deixei o carro na CSS Renault - Grand Brasil, no dia 20/12/2015 e avisei ao vendedor que eu tenho um pacote de viagem comprada para o Sul do País, durante o final de ano e que esse trajeto seria feito com este veículo. E agora? Como vou me deslocar? Uma viagem programada há mais de 6 (seis) meses, onde os valores das passagens aéreas eram muito menores! Quem vai se responsabilizar por esse prejuízo? Vamos me ressarcir o valor da Pousada? Vão me fornecer um carro extra? Outro comentário, e este é o mais importante, é o fato do carro ter permanecido na CSS por mais 10 dias corridos, para manutenção e quando eu levo o veículo a minha oficina de confiança, os profissionais me informam que as pastilhas traseiras estavam muito comprometidas e que o filtro de ar do motor e as velas estava em péssimo estado. Essa revisão é só para a parte externa do carro? Me informaram que o veículo estava todo revisado, sem problemas e que eu poderia rodar tranquilamente. Além da revisão eu substitui os 4 (quatro pneus) por estarem em fim de vida, troquei o insulfilme que estava fora do padrão do DETRAN e instalei um sensor de ré. Além do valor pago pelo veículo, eu investi cerca de R$ 3.300,00 (três mil e trezentos reais) para deixar o carro em condições de uso, porém se o carro já estava com um vício aparente, que é o defeito no cambio. Agora estou sem carro e eu perdi a confiança no produto e nos serviços da CSS Grand Brasil Vila Guilherme – Renault. Como posso confiar no conserto do câmbio, se a revisão feita antes da entrega não foi capaz de verificar que um item tão importante como os freios estavam com problema? Tudo esta sendo feito as escuras e sem nenhuma transparência! A minha vida e da minha família foi colocada em risco, quando eu estava na serra e o cambio falhava. Se eu não houvesse realizado uma manutenção preventiva? Se ao invés do câmbio o problema fosse com os freios? Talvez eu não estivesse vivo para escrever essas linhas. Eu vou acionar a justiça e receber os valores investidos atualizados e pedir indenização por danos morais e materiais. Vou me aparar no Código de Defesa do Consumidor (Lei 8078/90) estabelece garantia mínima de 3 meses, a partir da compra, para os vícios aparentes (defeitos de fácil percepção), sem limitação a uma determinada parte do veículo. Além disso, se os problemas não forem de fácil constatação (ocultos), o prazo legal para reclamação é de 90 dias a partir da percepção do defeito.