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Consórcio Itaú

ENCERRADA ENVIADA PARA OS ESPECIALISTAS

Esta reclamação é pública

RECLAMAÇÃO:

F. L.

Para: BANCO ITAU

02/05/2016

Há um tempo vínhamos olhando apartamentos para comprar, até que nos apaixonamos por um deles mas estava um pouco acima do que planejávamos pagar. Após várias conversas e visitas com o proprietário, e face à dificuldade do período em vender imóveis, conseguimos um ótimo desconto: de R$ 420 mil para R$ 350 mil. Fomos então até a agência 0604 do Itaú em Porto Alegre – RS para buscar informações sobre Financiamento Imobiliário. Chegando lá, fomos atendidos pela Sra. Simone Van Meegen, Gerente de Vendas, que nos perguntou por que não optávamos por um consórcio, já que as taxas eram muito menores. Falamos que consórcio era complicado porque demorava para contemplar e, como tínhamos conseguido um ótimo negócio, estávamos com pressa. Informamos ainda que tínhamos R$ 70 mil para a entrada, e nesse momento ela nos disse que com esse valor a gente conseguiria dar um bom lance e contemplar entre o primeiro e segundo mês. Ela nos apresentou as simulações do consórcio, mostrou as taxas, que realmente são bem abaixo do financiamento, e nos fez acreditar que essa seria a melhor solução para nós. Perguntei a ela sobre o processo todo, ela disse que era bem simples: nós dividiríamos o valor e faríamos a adesão a 2 cartas de crédito por ser mais fácil contemplar valores mais baixos, daríamos lances e, assim que contempladas as duas cartas, era só enviar a documentação do apartamento, o Engenheiro iria até o imóvel fazer a avaliação e logo após o dinheiro seria liberado (o trâmite todo deveria demorar de 30 a 45 dias). Ela nos informou ainda que a análise de crédito é feita antes de aderir ao consórcio, ou seja, se o banco acredita que não deve te dar o crédito ele nem te libera para aderir ao consórcio e que a nossa situação estava ótima. E nos disse ainda que a única coisa que poderia dar de errado seria caso o imóvel fosse avaliado abaixo do valor de venda, ou seja, menos de R$ 350mil, pois o imóvel ficaria como garantia. Ela nos explicou e simulou para grupos de 11 anos, vimos que os valores estavam dentro do nosso orçamento, que, segundo informações dela, não haviam maiores riscos, uma vez que o imóvel com certeza valia mais que o preço de venda dele, já que se tratava de uma cobertura duplex com 93,3m² em um bairro nobre da cidade. Pois bem, aderimos aos dois grupos: grupo 50, cota 128 e grupo 49, cota 452. Ambos os grupos já estavam em andamento há 3 anos, portanto as parcelas ficariam um pouco mais altas já que pagaríamos em 8 anos e não em 11 como ela havia nos falado. Vimos que ainda cabia no nosso bolso e aderimos. Juntamos nossas economias, pedimos dinheiro emprestado para a família e conseguimos aumentar os lances: dos R$ 70mil iniciais que tínhamos, conseguimos dar lances de R$ 46mil e R$ 40mil, totalizando R$ 86mil em lances. Como prometido, conseguimos contemplar os dois logo, um no primeiro mês e outro no segundo (dezembro de 2015 e janeiro de 2015). Estávamos eufóriocos, afinal tinha dado tudo certo e agora era só comprar o apartamento!! Encaminhamos os papéis para a Central de Consórcios, que é uma agência externa, não é ligada às agências bancárias, portanto eles avisam que o pós-contemplação é todo com a Central. Logo em seguida entraram em contato para agendarmos a avaliação do Engenheiro, que foi no dia seguinte avaliar. Passados alguns dias, tivemos o retorno de que o imóvel tinha sido avaliado em R$ 378mil (ótimo, pois era acima do valor de venda!), mas que nossa dívida com o banco era de aproximadamente R$ 400mil e, como o valor de venda dele era de R$ 350mil, não teríamos as cartas de crédito liberadas porque o valor usado é o mais baixo (no caso o valor de venda) e teríamos duas opções (conforme e-mail recebido da Central): “O valor do imóvel pleiteado é inferior ao valor do saldo devedor atual do grupo/cota mencionado acima, solicitamos escolher outro imóvel, ou a amortização do saldo devedor até que o mesmo fique igual ou inferior ao valor da garantia.” Após esse e-mail, recebemos ligação da Central e aí que nos informaram o valor de avaliação e que eles usam o menor valor, entre avaliação e valor de venda, e que, portanto, faltariam R$ 50mil. Nos informaram que nós poderíamos comprar mais algum imóvel de menor valor, que valesse mais de R$ 50mil, e esse outro imóvel se somaria ao apartamento e daria o valor da garantia. Fomos verificar e vimos que, apesar de a soma das cartas de crédito serem maiores que o valor do imóvel, ainda assim não teria R$ 50mil “sobrando” para poder adquirir mais um imóvel, ou seja, a sugestão deles era inexequível. Continuávamos tendo que levantar essa quantia de R$ 50mil, seja para amortizar o saldo devedor, seja para comprar mais um imóvel que entrasse como garantia. Nesse momento resolvemos fazer contato com a Sra. Simone, a Gerente Comercial que nos vandeu os consórcios na agência, para pedir uma ajuda a ela e perguntar por que ela não tinha nos avisado que poderia dar esse problema, uma vez que ela tinha todos os valores em mãos e tinha a obrigação de nos avisar. Ela nos disse que não sabia disso, que não estava entendendo por que estavam usando esse valor, que deveriam liberar o dinheiro e que ela ia se informar e nos retornava. Quando ela retornou a conversa já era outra: ou seja, ela claramente nos vendeu um produto que sequer conhecia! Ela não nos informou que poderia dar esse problema porque ela realmente não tinha conhecimento disso. O agravante é que todo o processo foi supervisionado pela sua superior, a Sra. Marcia Baltazar Luz, Gerente Geral Comercial da agência, sendo que todos os e-mails eram encaminhados para a Sra. Márcia e ela encaminhava à Sra. Simone, ou seja, ela estava a par de toda a tramitação e também não nos alertou para esse fato. Erro de uma pessoa até se entende, mas quando duas “erram juntas” é porque tem algo obscuro. Isto foi uma falta de preparo ou ansiedade de vender? Isso foi realmente um erro ou foi má-fé? Acontece que fizemos uma negociação baseada nesta informação e por conta disto estamos sofrendo as consequências desastrosas desta ação de duas representantes do Itaú. A Sra. Simone nos disse que interviria junto à Central, já que foi um erro por desconhecimento dela, que pediria a eles que liberassem o valor porque ela havia nos dito que seria assim, ou que ao menos usassem o valor de avaliação do imóvel na garantia. Ela ainda nos afirmou que esse valor de R$ 50mil seria devolvido para nós assim que o consórcio fizesse o pagamento ao vendedor do imóvel. Não entendemos muito bem a lógica disso, mas de qualquer maneira falamos para ela que não tínhamos para quem pedir emprestado esse valor. Seguindo o contínuo de desastres, a Central fez contato conosco e nos perguntou se existia algum documento que comprovasse o uso da garagem, uma vez que cada apartamento possui uma vaga mas não está na matrícula. Nos disseram que, segundo avaliação do Engenheiro, se existisse tal documento, o apartamento passaria a valer R$ 400mil, que era exatamente o valor da nossa dívida! Como a Sra. Simone havia feito a solicitação de que usassem o valor de avaliação como garantia, e como nos pediram esse documento para aumentar o valor de avaliação, ficou muito claro e certo que haviam aceitado a proposta de não usar o valor de venda, mas sim, o valor de garantia, pois não havia outro motivo para aumentar o valor de avaliação do imóvel. Conseguimos o documento do Registro de Imóveis que detalha a área de cada apartamento com suas respectivas frações ideais e que dá direito de uso das coisas de uso comum e fim proveitoso do edifício, incluindo as garagens (documento anexo). A Central, porém, não aceitou esse documento. Como vimos que eles estavam procurando motivos para “aprisionar” o nosso dinheiro por mais tempo, resolvemos buscar mais um empréstimo com a família para poder amortizar o saldo devedor, que, como aceitaram usar o valor de avaliação, seria em torno de R$ 20mil. Como todas as respostas da Sra. Simone e da Sra. Marcia sempre eram dadas por telefone e, portanto, ficamos sem nenhuma prova escrita das mentiras que elas nos disseram, pedimos para nos confirmarem por e-mail as seguintes perguntas: “1. Se a gente quitar a diferença entre garantia e dívida, a gente recebe esse valor de volta após o pagamento ao proprietário? Preciso dessa confirmação, talvez eu consiga emprestado esse valor, mas preciso ter a garantia dessa devolução em seguida para que eu possa devolver também o valor. 2. Pelo que parece, eles aceitaram usar o valor de avaliação do imóvel (R$ 378mil) como garantia, e não o valor de venda (R$ 350mil), é isso? Por favor, confirma essa informação para nós. 3. Sendo usado o valor de avaliação, a diferença que precisamos quitar é de R$ 20.875,04? 4. O proprietário está querendo aumentar o valor de venda para 370 mil por causa da demora e tal. Estamos negociando isso ainda com ele, mas caso isso ocorra, teria alguma diferença?” Alguns dias depois, recebi as seguintes respostas por e-mail da Sra. Marcia, que foi um e-mail enviado a ela pelo Sr. Felipe Gomes do Atendimento Itaú Consórcio: “Segue respostas abaixo. 1 - Não, pois o valor entra como antecipação de valores, e, este é abatido no saldo devedor da cota, seja na redução do prazo ou valor das parcelas, conforme solicitação do cliente. 2 - Desconheço tal informação. Pois, conforme critério da Mesa de Crédito, utilizam para análise o menor valor entre " Laudo de Avaliação " e " Compra e Venda ". Neste caso, foi utilizado o valor de " Compra e Venda ", R$ 350.000,00, que está menor que a soma do saldo devedor das cotas R$ 397.875,04 (050/128 e 049/452). 3 - Sendo assim, a diferença a ser amortizada é R$ 47.875,04. 4 - Se alterar o valor de " Compra e Venda ", terá que encaminhar novos formulários com valores atualizados, e, ainda sim será necessário amortizar o saldo devedor, pois o valor de " Compra e Venda " R$ 370.000,00 é menor que a soma do saldo devedor das cotas R$ 397.875,04 (050/128 e 049/452), ou seja, ainda terá uma diferença a ser abatida no valor de R$ 27.875,04.” Ou seja, mais uma vez as Sras. Simone e Marcia me passaram uma enxurrada de informações equivocadas. Tenho a nítida impressão de que estão agindo de má-fé, não sei se orientadas pela Agência ou pela Central, pois a quantidade de orientações erradas é algo inaceitável. Estamos nos sentindo muito enganados, pois no dia em que as Gerentes fizeram as simulações, já deveriam ter feito o cálculo de quanto nós deveríamos ter pago para que o saldo devedor ficasse abaixo do valor da garantia, já que esse valor de garantia nunca se alterou e havia sido informado a elas. A Central se diz irredutível: ou escolhemos outro imóvel (que certamente virá com outros problemas, a critério aleatório deles para segurar ainda mais nosso dinheiro) ou amortizamos o saldo. Enquanto isso seguimos pagando mensalmente o valor de R$ 4.743,33 para o consórcio, seguimos pagando aluguel e agora temos mais a pressão do proprietário, que nos ameaça diariamente a cobrar multa do contrato de compra e venda. Estamos tendo danos financeiros e morais, uma vez que precisamos do imóvel e estamos constrangidos demais com a situação, como se nós não estivéssemos cumprindo com os nossos deveres. Não podemos aceitar pagar pelo erro dos outros, pois o banco está resguardado, com o nosso dinheiro retido, enquanto a gente segue pagando um valor alto, sem nosso dinheiro que já entregamos ao banco e sem poder comprar o imóvel e cumprir com nosso contrato feito com o proprietário assim que conseguimos contemplar as cartas de crédito. Por falar em contrato, esse nunca foi nos dado para análise e/ou assinatura. A única coisa que se assina é a Adesão ao Consórcio, e nela tu és obrigado a confirmar que tens conhecimento do contrato que está à disposição no site do Itaú (envio cópia em anexo). Aliás, contrato muito vago no que se refere a essa parte das garantias, valor de avaliação, valor de venda e tudo mais que eles têm de “regras internas” e que não nos são fornecidas. Como assim? Como posso aceitar os termos de um contrato com “regras internas” que só nos são fornecidas depois do contrato assinado e por telefone? Onde está minha assinatura aceitando tais regras? Onde está meu direito como consumidor? Já não sabemos mais o que fazer, precisamos de uma solução rápida e estamos vendo que o banco não está interessado em solucionar, portanto vimos que a saída é recorrer à justiça. Por isso fazemos contato nesse momento com a Proteste, solicitando a intervenção dos seus Advogados. Desde já agradecemos a atenção e nos colocamos à disposição para maisores esclarecimentos que se façam necessários. Att. Felipe Loposzinski e André Anjos da Silva

Solução esperada

  • Aguardamos a liberação do valor das cartas de crédito ao vendedor.

Mensagens (2)

Ajuda requerida 02 maio 2016

PROTESTE

Para: F. L.

10/05/2016
Essa resposta é privada

F. L.

Para: PROTESTE

12/05/2016
Essa resposta é privada