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Descaso Profissional e Formativo na FAAP

FAAP - Fundação Armando Alvares Penteado Rua Alagoas, 903 - Higienópolis - CEP: 01242-902 - São Paulo/SP, Setor Bancário Sul, Quadra 2, Edifício Prime Sala 608/609 (Brasília, DF)
ENCERRADA ENVIADA PARA OS ESPECIALISTAS

Esta reclamação é pública

RECLAMAÇÃO:

M. B.

Para: FAAP - Fundação Armando Alvares Penteado

03/02/2017

Fui professor da Fundação Armando Alvares Penteado por cerca de seis anos. Com assiduidade e amor à instituição, ministrei aulas nas áreas de multimeios e multiartes, desejando ardentemente o desenvolvimento dos alunos. Fora dos horários de aulas, atendia gratuitamente dezenas de alunos todos os semestres, de graduação e de pós, orientando-os em seus projetos. Atuava voluntariamente em bancas de TCC e, vestindo completamente a camisa da faculdade, aproveitei bolsas de estudos que tinha direito como funcionário: conclui uma pós-graduação e passei a fazer uma graduação. Quando estava no início de meu último ano de estudos, com média geral superior a 8 e nenhuma dependência/reprovação, fui surpreendido com minha demissão repentina. Demitido antes mesmo de ministrar a última prova aos alunos, de corrigir e lançar no sistema. Com a demissão, perderia meu último ano de curso em comunicação, feito com excelência e com o desejo de levar comigo o nome da faculdade. Mesmo demitido, fui até a sala de aula com o coração saltando de dor. Tremia angústia indescritível. Ministrei a prova com lágrimas nos olhos, percebidas pelos alunos, que logo fizeram um abaixo assinado online com centenas de adeptos. Naquela noite, ao chegar em minha casa, eu vomitei sangue. Necessitei enviar cartas implorando que a mantenedora me concedesse a permissão de, ao menos, concluir meu último ano de estudos com a manutenção da bolsa 100% que possuía. Infelizmente, não fui atendido. Eu não possuía quaisquer condições de arcar com os custos exigidos. Os meses seguintes foram de profunda depressão e sofrimento. Amava não apenas estudar e representar a FAAP, mas também orientar alunos dos mais diferentes cursos. Eu ministrava poucas horas aula por semana, mas estava quase integralmente no prédio, atuando em dezenas de projetos com os alunos. Era meu segundo lar. Onde me sentia valorizado profissional e intelectualmente. Repentinamente, fui humilhado, desvalorizado e rejeitado ao extremo. Sequer uma rosa recebi como despedida, por minha dedicação, por meu amor à arte, ao ensino, à instituição, aos cursos oferecidos ali... Nada. Sequer fui chamado pela diretoria (que, inclusive, é constituída por professores que amo muito e que ministraram aulas para mim em minha faculdade), sequer fui chamado por eles para um aperto de mão. Nada. Imediatamente, mesmo com o corpo e a mente destruídos, busquei outra instituição que me acolhesse para que não perdesse meu diploma em curso. A FAM me acolheu rapidamente para que eu conseguisse me formar e a eles tenho sido muito agradecido. Ainda assim, eu me contorcia e me contorço todas as noites em um ranger de dentes sem fim. Ao final do ano, eu me inscrevi no vestibular da Escola de Comunicações e Artes da USP e fui aprovado em 5º lugar. Ainda assim, a dor do descaso pelo qual passei na FAAP não se apaga. Acreditava cegamente nos princípios da Fundação. Acreditava que eles priorizavam o aluno, que valorizavam seu profissional. Tinha fé que ali eu não era um número, que não era apenas um funcionário, mas um verdadeiro colaborador na construção de profissionais pensantes. Eu acreditava que a FAAP me respeitava e que se orgulhava de mim, por eu estar mergulhado na instituição, nos cursos, nas orientações, como professor e como aluno. A minha decepção não pode ser descrita. Trabalho com artes desde muitos anos, com a expressão profunda e humana do saber. Senti-me rechaçado. Abandonado. Não somente por perder o emprego e a bolsa de estudos mas, principalmente, por conta do descaso. Pelo fato de a fundação simplesmente me abandonar sem um simples abraço. Talvez eu compreendesse a demissão, por um corte de gastos, pela crise! Estaria tudo bem. Mas o descaso foi incompreensível. Não há apenas uma cadeira vazia em minha turma como aluno na FAAP. O vazio causado e a mágoa, certamente serão raízes de amargura eternos e, o meu relato será constante - inclusive em meu currículo e, para o meu desprazer por meu amor à FAAP, lamentavelmente, meu constante caso acarretará, por gerações, centenas de novas cadeiras vazias na Fundação.

Solução esperada

  • Eu gostaria de uma resposta da Instituição: Por que? Necessito saber o motivo de a faculdade ter me demitido antes mesmo de as provas de meus alunos serem corrigidas e pouco antes de o semestre terminar, causando talvez propositalmente a remoção de minha bolsa integral de estudos. Porque fui demitido sem sequer um aperto de mão de minha diretoria? Considero que seria uma honra que pudesse retornar à FAAP, ao menos como aluno, na condição de bolsista integral em que eu me encontrava, à qual eu dependia muito para conseguir estudar, a fim de concluir sim ali o meu estudo superior em comunicação e de diluir completamente essa situação que se apresenta tão desumana, para que a história dessa instituição, que aprecio tanto, não ficasse manchada com meu caso, para que meu relato curricular constante sobre esse evento se revertesse, de algo tão terrível para a FAAP e para mim, para algo produtivo para ambos os lados, pois ao me abandonar em meu último ano de estudos, com média 8 e sem reprovações, tendo me acolhido tanto como bolsista e recebido meus serviços profissionais, a faculdade cria uma situação de descaso para com o aluno e o ensino, demonstrando que não se importa com o que apregoa ser um princípio. Ao cometer esse tão terrível ato, a faculdade me fez, intelectual e profissionalmente, órfão.

Mensagens (3)

Ajuda requerida 20 fevereiro 2017

PROTESTE

Para: M. B.

22/02/2017
Essa resposta é privada

M. B.

Para: PROTESTE

25/04/2017
Essa resposta é privada

PROTESTE

Para: M. B.

26/04/2017
Essa resposta é privada