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Venda abusiva de assinatura digital
Esta reclamação é pública
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C. M.
Para: Zero Hora Editora Jornalística S.a
Boa tarde. Gosaria de registrar a reclamação à empresa Zero Hora Editora Jornalística S.A. por venda abusiva de assinatura digital para pessoa idosa, minha mãe, Eloisa Hattge. Minha mãe sem pre foi adepta da leitura. Livros, romances, revistas e jornais. Possui por 15 anos uma assinatura do jornal Zero Hora impresso, mas por dificuldades financeiras, pediu o cancelamento. Passado o tempo, em razão da pandemia do Coronavírus, começei a auxiliá-la com o controle financeiro e percebi em seus extratos bancários, débitos recorrentes do jornal Zero Hora. Ao questioná-la, ela afirmou que tinha cancelado o jornal "há anos". Então fui atrás para verificar o que estava acontecendo. Liguei para o jornal Zero Hora para solicitar o imediato cancelamento, e o esclarecimento de porque estava sendo debitado o valor de R$ 24,90 da conta de minha mãe, sem a entrega do jornal. De pronto a assinatura não foi localizada no sistema do jornal. A atendente então tentou localizá-la pelo nome e sobrenome de minha mãe, e foi localizada a assinatura digital ativa em seu nome - porém vinculada a um CPF diferente do dela. Pedi o cancelamento imediato, e pedi para ouvir a gravação da contratação. A antendente me disse que seria difícil conseguir tal gravação. Então encaminhei o pedido através do PROCON RS. Perguntei para minha mãe sobre a assinatura digital e ela disse não lembrar de ter solicitado ou aceito, e nem nunca ter acessado qualquer conteúdo digital do jornal Zero Hora. Quando o Procon enviou-me a gravação do momento da venda da assinatura fiquei surpresa e indignada. Pois o vendedor da Zero Hora digital, com toda a habilidade que uma grande empresa de comunicação possui, fez perguntas sobre profissão e percebendo se tratar de uma pessoa idosa, destacou os enormes benefícios que ela teria, como descontos de até 35% rede Panvel de farmácias, mesmo ela dizendo que comprava seus medicamentos em outra farmácia. Mesmo percebendo a dificuldade da minha mãe em confirmar dados simples como endereço de e-mail ou CPF, o vendedor simpático agilizou a conclusão da venda de forma que ela não teve condições de avaliar a proposta. O vendedor rapidamente confirmou as informações bancárias para o pagamento e a induziu a aceitar um produto que não tinha o menor interesse em utilizar. De acordo com a gravação fornecida, o vendedor mostrou-se simpático, atencioso, porém ágil e muito habilidoso em fazer a venda, mas a gravação é interrompida sem que se ouça dela o "sim, eu quero esse produto". A familiaridade da minha mãe com a internet, assim como para muitos idosos, limita-se entre Whatsapp para se comunicar com a família e página no Facebook. Outro fator que nos motiva a fazer a reclamação é que, além da venda abusiva, o vendedor fez a proposta de valor promocional de R$ 11,90 mensais sem informar qual seria o valor "normal" quando terminasse o período promocional. De acordo com a planilha fornecida pela própria Zero Hora através do pedido do Procon, a assinatura foi feita em 05/02/2018. Os débitos verificados na conta da minha mãe são nos valores de R$ 23,90 até janeiro de 2019 e de R$ 24,90 de fevereiro de 2019 até junho de 2020, quando solicitamos o cancelamento do serviço. O dobro do valor ofertado a ela no momento da venda. Acreditamos que esta venda configura o abuso de uma grande empresa de comunicação sobre pessoa idosa, cabendo ressaarcimento em dobro dos valores pagos e dano moral. Fica à disposição a cópia da gravação da venda da assinatura digital. Esperamos que a Proteste possa nos ajudar neste caso, e principalmente, para que essa empresa não pratique esse tipo de abuso contra outros idosos. Claudia Machado, representando minha mãe Eloisa Hattge Assinatura do Jornal Zero Hora na versão digital em nome de ELOISA HATTGE realizada em 22/12/2017 e cancelada 02/06/2020 12:05:25 - PROTOCOLO: 200602010707361001