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Entrar na água depois de comer faz mal. Mito ou verdade?

Provavelmente, quando criança, você já ouviu isso da sua mãe. Mas será que a informação tem fundamento ou não passa de superstição? 

09 abril 2018
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Quem nunca ouviu, principalmente da mãe, que entrar na água depois das refeições faz mal, que atire a primeira pedra. 

Para as crianças, o tempo de espera para voltar a diversão parece infinito: algumas mães chegam a proibir a entrada dos pequenos no mar ou na piscina por até duas horas após a comida. 

Mas será que a cultura materna tem razão e é perigoso mesmo? A resposta vai depender dos alimentos ingeridos e da atividade que será praticada. 

Logo após a refeição, o organismo prioriza a digestão. Então,  qualquer atividade física intensa fará com que os músculos passem a requerer mais sangue para supri-los de oxigênio, o que afeta o processo digestivo.

Por esse motivo, não é indicado realizar nenhuma atividade física intensa, seja dentro ou fora da água, imediatamente após as refeições. O agravante de fazer a atividade dentro de uma piscina ou no mar é que, nesse caso, há risco de afogamento, caso a pessoa passe mal.

Por isso, o recomendado é que se espere aproximadamente 50 minutos antes de fazer qualquer atividade intensa dentro da água. Contudo, para refeições bastante pesadas, como feijoada, o tempo ideal seria entre três e quatro horas.

Quando os alimentos ingeridos forem leves e pouco volumosos, como sorvetes e frutas, por exemplo, não há problema em entrar na piscina praticando movimentos leves e suaves.

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Ou seja, entrar na piscina só para ficar ali curtindo a água, tudo bem. O que não pode é praticar exercícios de grande esforço.

Mas que mal pode causar?

O esforço realizado na água  após a refeição pode causar desconforto gástrico, refluxo e até vômitos. Pode também ocorrer câimbras que, dependendo da intensidade e do local, há risco de afogamentos.

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Outra questão muito discutida é a suscetibilidade do corpo em sofrer choque térmico após a refeição, se a pessoa mergulhar em água fria. 

Depois de comer, é natural que ocorra maior fluxo sanguíneo para o centro do corpo, onde está o sistema digestório.

O coração não consegue bombear o sangue em velocidade suficiente para atender às demandas (a de digestão e a de aumentar a temperatura da pele por causa da água fria), e como consequência o indivíduo pode até morrer de choque hipovolêmico (situação em que o órgãos vitais deixam de receber a quantidade de sangue mínima para seu funcionamento). 

Por isso, embora esses casos mais graves não sejam tão comuns, é bom tomar cuidado. Um mal-estar  fora da água é mais facilmente identificado e socorrido. Já na água, a consequência pode ser muito pior.

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