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Cirurgia bariátrica pode valer a pena

Para quem chegou ao limite da obesidade e já fez de tudo para perder peso, a redução de estômago pode ser a saída para retomar as rédeas da saúde e da vida.

02 agosto 2014


A cirurgia bariátrica é a solução para quem não consegue emagrecer pelos métodos tradicionais.
 O sucesso do procedimento, que pode mexer radicalmente com o organismo, dependerá da disciplina do paciente, pois além de mudar o corpo, é preciso trabalhar a cabeça para vencer a ansiedade em busca do novo corpo.

Apenas quatro modalidades são permitidas no Brasil. A gastrectomia vertical é eficaz no controle da hipertensão e dos níveis de colesterol e triglicerídeos, transformando o estômago em um tubo e provocando a perda de peso. No bypass gástrico, parte do estômago é grampeada e um desvio do intestino inicial é feito, aumentando os hormônios que saciam e diminuem a fome, controlando também o diabetes e a hipertensão arterial. A banda gástrica ajustável ajuda no tratamento do diabetes. E no duodenal switch, que combina a gastrectomia vertical e o desvio intestinal, 85% do estômago são retirados, mas a anatomia do órgão e sua fisiologia são mantidas.

Nem todos estão aptos

A cirurgia é indicada para pessoas com obesidade potencialmente fatal, quando outros tratamentos não funcionaram e a partir de três critérios: índice de massa corpórea (IMC), idade e tempo da doença. Não é recomendada para quem tem doenças graves que não melhorariam após a operação, como câncer avançado e doença hepática. Pessoas com limitação intelectual significativa e que não contam com suporte familiar adequado, bem como pacientes com transtorno psiquiátrico não controlado (incluindo uso de álcool ou drogas ilícitas) e portadores de doenças genéticas não são o perfil.

Caso o paciente siga a dieta e os exercícios pós-operatórios, a cirurgia pode trazer uma melhora nos problemas relacionados à obesidade, como diabetes tipo 2, hipertensão, doença do refluxo gastroesofágico, apneia obstrutiva do sono e colesterol elevado. Mas é necessário fazer um preparo antes da cirurgia, conhecer os riscos, saber que o pós-operatório pode desestimular (e até trazer algum arrependimento) pois se não houver disciplina, poderá não só recuperar o peso que perdeu, como engordar mais ainda.

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