Cresce procura por canal de queixa sobre planos de saúde
Telefone 0800 nacional funcionará até dezembro. Dados embasarão dossiê a ser encaminhado ao Ministério Público.
O telefone 0800 200 4200, de âmbito nacional, atenderá até 15 de dezembro, devido à grande procura. A demora para agendamento das consultas, apesar dos prazos fixados pela Agência Nacional de Saúde (ANS), representa 30% das queixas de quem já recorreu ao serviço.
A negativa de cobertura a procedimentos e atendimentos quando o usuário mais precisa ficou em segundo lugar nos atendimentos do 0800, com 18% dos casos atendidos. Os reajustes abusivos, representaram 15% e as queixas sobre insuficiência da rede credenciada 13%. Esse mesmo índice foi registrado para relatos de demora na obtenção de autorizações para fazer exames e internações. A frequência do descredenciamento dos profissionais e rede de atendimento também motivou 4% dos atendimentos no 0800. E a carência impedindo atendimento ágil foi queixa de 2% dos que recorreram ao canal.
Dificuldades para obter a portabilidade (troca de plano sem precisar cumprir novas carências), falta de orientações sobre doenças ou lesões pré-existentes, cancelamento de plano e falta de leito para internação foram responsáveis, cada um, por 1% dos casos registrados desde que o atendimento do 0800 teve início, em 14 de agosto último.
O 0800 recebe reclamações de todo o Brasil, esclarecendo e apontando encaminhamentos para a garantia dos direitos dos usuários. O atendimento é por telefone e, em caso de necessidade de retorno, a resposta é dada por e-mail, no prazo de 72 horas.
O serviço de orientação atende das 8 às 18 horas, de segunda a sexta-feira, e foi criado em resposta aos principais problemas detectados pela pesquisa Datafolha, encomendada pela APM, sobre o atendimento dos planos de saúde aos pacientes, no estado de São Paulo.
As queixas recorrentes no levantamento foram dificuldades para a marcação de consultas e realização de exames e procedimentos de maior custo, falhas importantes no atendimento em pronto-socorro, as consequências do descredenciamento de médicos, hospitais e laboratórios, entre outros pontos.