O posicionamento da PROTESTE face ao boicote dos médicos
Desde o dia 30 de julho, os médicos da capital de São Paulo iniciaram o boicote a sete empresas de saúde (Bradesco Saúde, Sul América, Marítima Saúde Seguros, Porto Seguro, Unibanco AIG, AGF Seguros e Notre Dame Seguradora ). Como todas as empresas são seguradoras, o consumidor pode recorrer ao sistema de reembolso dos profissionais e procedimentos médicos, de forma a reaver os valores pagos no período da mobilização.
A decisão dos médicos de não atender as sete seguradoras foi tomada no último dia 23 de julho e comunicada pela “Comissão Estadual de Implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM)”, como parte de um amplo movimento iniciado pelas entidades médicas, como Associação Médica Brasileira (AMB), Conselho s Federal e Regional de Medicina e Associaçã o Paulista de Medicina (APM).
As entidades de representação da categoria, reunidas com a PROTESTE e demais órgãos de defesa do consumidor, se comprometeram a evitar maiores transtornos ao consumidor. Ficou assegurado o atendimento de urgência a todos os consumidores, assim como aos pacientes crônicos e já em tratamento. Foi criada uma câmara técnica para se discutir e avaliar o boicote e tentar resolver os problemas.
O que reivindicam os médicos
Os médicos deram início ao boicote para pressionar as seguradoras a aplicar a nova Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), e assim, atualizar a remuneração e procedimentos médicos pagos pelas operadoras. Eles alegam que o valor pago por essas operadoras não é reajustado há cerca de dez anos. Nesta tabela consta, por exemplo, que o valor de uma consulta deve ser de R$ 42,00 (e não R$ 25,00, valor que os médicos recebem hoje).
Saiba mais sobre o boicote e como agir |
O que é o boicote? Os consumidores que têm contrato com uma das sete operadoras atingidas pelo boicote devem pagar pelas consultas ou outros procedimentos médicos, pedir recibo e apresentá-lo à seguradora, pedindo o reembolso. O boicote não interfere nos serviçoscontratados diretamente nos hospitais ou nos exames realizados em laboratórios particulares. Nesses estabelecimentos a relação não envolve os serviços médicos. É contratada diretamente com as seguradoras . Caso não tenha recursos para pagar na hora e solicitar posteriormente o reembolso, deve negociar com o profissional outras formas de pagamento. Como o consumidor/paciente deve proceder? A PROTESTE aconselha o consumidor a:
Observação:O consumidorque não puder pagar pela consultaou outros procedimentos médicos deve entrar em entendimento com o profissional para acertaruma alternativapossível. Os médicos que participam do boicote estão abertos a isso. Além das consultas, o que mais será cobrado? Onde tirar dúvidas sobre o boicote? Como ficam os casos de urgência e emergência? O que fazer em caso de lesão pela recusa do atendimento? Quando a situação será regularizada? |