Notícia

Plano de saúde individual ainda vale a pena? Confira nossa pesquisa

Desde 2004, temos analisado planos de saúde individuais/familiares em todo o Brasil. De lá para cá, o cenário tem mudado drasticamente. Veja se ainda vale contratar

13 novembro 2018

A cada ano que passa se torna mais difícil contratar um plano de saúde individual no Brasil. 

Em nosso estudo mais recente, constatamos um fenômeno que tem se intensificado bastante ultimamente: muitas operadoras no país estão deixando de comercializá-los. 

O que ocorre é que, como os reajustes nessa modalidade de plano devem ser regulamentados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS e o cancelamento do contrato não pode ser unilateral, as operadoras não têm mais interesse em vender esse tipo de serviço.

Consequentemente, a alternativa que resta para você, consumidor, são os planos coletivos por adesão.

coletivo-adesao

Planos de saúde coletivos: o barato que pode sair caro

Esses serviços costumam oferecer valores muito mais atrativos do que o dos planos de saúde individuais, no ato da contratação. 

Mas, justamente por não serem regulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, esses planos não recebem nenhuma imposição de limites referente aos aumentos praticados.

Para você ter uma ideia, apenas no último ano, os reajustes dos planos coletivos por adesão chegaram ao patamar de 40%, em alguns casos, enquanto os planos individuais só podem cobrar até 13,55%.

E ainda tem mais: no momento de renovar a prestação do serviço, os planos coletivos podem cancelar o contrato, a qualquer momento, sem a sua autorização. 

plano-coletivo-ruim

Diante desse péssimo cenário e levando em conta os resultados do nosso recente estudo com planos de saúde individuais, infelizmente não identificamos nenhuma escolha certa para todo o Brasil.

Como fizemos o teste

Em primeiro lugar, enviamos  um questionário para as maiores operadoras de planos de saúde no ramo individual. 

No entanto, só recebemos resposta de uma única empresa: Unimed Curitiba

Contudo, visando produzir uma avaliação mais completa, fomos ao mercado buscar mais informações.

Além de entramos em contato via telefone com outras operadoras, indagamos sobre as condições gerais.  Também cotamos os preços com corretores. 

Critérios de avaliação

Para realizar nossa pesquisa, definimos quatro cenários distintos:

Cenário 1 : Plano Familiar (Homem de 55 anos, mulher de 46 anos e filho de 19);

 cenario1

Cenário 2 : Plano Familiar (Homem de 35 anos, mulher de 32 anos e filho de 1 ano);

cenario-2

Cenário 3 : Plano Individual (Mulher de 25 anos com direito a obstetrícia);

cenario-3

Cenário 4 : Plano Individual (Mulher de 65 anos).

cenario-4

Para classificarmos algum serviço como escolha certa, buscamos os planos com cobertura, no mínimo, no território nacional e que apresentaram uma pontuação final igual ou superior a 50 em nossa avaliação.

Além disso, analisamos quais proporcionam a melhor relação custo x benefício, para darmos o título de escolha certa. 

O único plano com cobertura nacional e nota razoável em nosso teste (acima de 50) é o Unimed Curitiba (Uniplan Quarto).

Fora isso, conseguimos destacar algumas poucas opções regionalizadas, nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.

emergencia

No entanto, essas indicações são apenas para que você não fique sem opção alguma, já que como esses planos não conseguiram cumprir todos os requisitos necessários, não podem ser considerados como escolha certa.

São eles: 

Assim/Clássico (Rio de Janeiro);

Green Line/Green Selec 11 (São Paulo para os cenários 1, 2 e 3);

Prevent Senior/Senior 500 Enfermaria (São Paulo para o cenário 4).

Carência

A carência é o período em que o consumidor não poderá utilizar o plano de saúde, mesmo estando em dia com a mensalidade do serviço. 

Os prazos máximos que podem ser exigidos pelas operadoras são de 24 horas para urgências e emergências, 300 dias para partos, 180 dias para os demais casos como consultas, exames, internações e cirurgias e 24 meses, em caso de doenças e lesões preexistentes adquiridas antes da contratação do plano. 

exaes

Em nosso teste avaliamos qual era o prazo de carência cobrado pelas operadoras, em casos de exames de menor complexidade (hemograma) e exames de maior complexidade (ressonância magnética) e quem exigia os menores prazos conseguiu obter uma maior avaliação

E todos os planos exigiram a carência de até 30 dias para a realização de procedimentos simples. 

Já para exames de alta complexidade as operadoras avaliadas exigem mais de 120 dias

Sem reembolso para internações

Avaliamos se alguma operadora oferecia planos que possuíssem reembolso em caso de internação, e constatamos que nenhum dos planos avaliados possui esta opção.

internacao

Planos que exigem coparticipação têm avaliação inferior

Também verificamos quais eram os planos que exigiam coparticipação.

Para os procedimentos hospitalares, os planos da Unimed Belo Horizonte cobram coparticipação em caso de internação (R$ 102,00). 

Já no caso de exames, há operadoras que cobram valores de 20% a 50% de coparticipação.

E a ironia é que os planos que não exigiram coparticipação para internação e/ou exames ainda ficaram mais bem avaliados do que aqueles que exigiram.  

Não há descontos em medicamentos

Avaliamos também quais eram os planos que garantiam descontos de medicamentos em farmácias para os seus beneficiários, mesmo que a adesão fosse opcional, com o pagamento de alguma taxa pelo paciente. 

remedio

A resposta é não, nenhuma operadora oferecia este benefício. 

Autorização e Hospedagem

O que muitos consumidores se queixam é que o processo de solicitação de autorização é burocrático, e que para cada atendimento é necessário solicitar autorização prévia. 

Verificamos que isso ocorre em grande parte do mercado, uma vez que mais de 80% dos planos avaliados exigem autorização prévia.

Dos 54 planos analisados, 50% possuíam a acomodação em quarto particular e o restante em quarto coletivo, também conhecido como enfermaria. 

Porém, em nosso teste, ficaram mais bem avaliados os planos que possuíam acomodação em quarto privativo. 

Cenário só piora

Desde nosso primeiro teste, publicado em 2004, a qualidade dos planos vem caindo, refletindo em piores avaliações finais.

Quando começamos a fazer estes levantamentos anuais, mais de 50% dos planos analisados tinham abrangência nacional.

cenario-piora

Hoje, esse percentual não chega a 25%.

Nenhum dos planos avaliados nesse estudo cobre atendimento em caso de acidentes ou doenças provocadas por fenômenos da natureza e nem por revoluções, greves e tumultos.

Além disso, os transplantes de órgãos somente são cobertos se estiverem previstos na legislação, como é o caso dos transplantes de córnea e rim.

Caso contrário, o paciente precisará depender do Sistema Único de Saúde (SUS) para realizar o transplante.

Diante de condições tão restritivas, o consumidor acaba ou ficando à mercê do sistema público de saúde ou cercado por opções de planos coletivos por adesão que praticam reajustes abusivos.

Serviços médicos mais justos e com valores mais atrativos

servicos-medicos-preco-justo

Pensando em nossos associados que possam estar enfrentando essa situação e que buscam por uma alternativa melhor e mais justa para cuidar da sua saúde, temos uma novidade:

Trata-se de uma plataforma digital, que visa aproximar o paciente dos prestadores de serviços – médicos, dentistas, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, laboratórios de análises clínicas, laboratórios de imagem, entre outros – por preços significativamente mais baixos que os costumeiramente praticados por esses mesmos prestadores.

Se você é associado PROTESTE já pode ter acesso a todas essas facilidades de forma absolutamente gratuita.

O pagamento só acontece quando você utilizar o serviço e os descontos alcançam até 70% do valor de balcão das clínicas e consultórios, de maneira geral.

Quer saber mais? Não perca tempo e clique aqui agora mesmo

Deixe seu comentário()

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.