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Para a sua ceia, melhor evitar 11 marcas de azeite

Nosso novo teste com azeites de oliva extravirgens mostrou que ainda tem produto se vendendo como tal, sem ser realmente. Olho vivo na hora de ir ao supermercado!

18 dezembro 2017
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Bacalhau regado com um delicioso e saudável azeite de oliva extravirgem! Essa é uma das boas pedidas para a ceia de Natal. Mas, antes de comprar o azeite, você precisa ler este artigo. Mais uma vez, a PROTESTE levou ao laboratório 29 marcas desse produto. E novamente encontramos problemas: cinco nem sequer deveriam ser classificadas como azeite e seis, em vez de extravirgens, não passam de virgens.

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Isso pode fazer mal à sua saúde ou estragar a sua receita de bacalhau? Não exatamente. A prática de vender um produto misturado como azeite de oliva puro não causa riscos ao organismo, mas lesa o seu bolso e as suas expectativas nutricionais: você paga mais caro por um item que deveria ser mais barato e essa mistura de óleos não vai trazer os benefícios à saúde que você esperava.
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Os que você não pode confiar
Anote esses nomes: Borgel, Do Chefe, Lisboa, Malaguenza e Tradição Brasileira. Esses ditos ‘azeites de oliva extravirgens’ estão fraudados. Esse foi o resultado que encontramos nos lotes específicos que avaliamos em laboratório. Além disso, nossas análises sensoriais mostraram que, na verdade, eles são azeites lampantes, ou seja, produtos indicados ao uso industrial, e não à alimentação humana, por seu cheiro forte e sua acidez elevada.
E como foram feitas essas análises? Levamos os produtos a laboratórios internacionais acreditados pelo Ministério da Agricultura (Mapa) e pelo Conselho Oleícola Internacional (COI). Nós não divulgamos quais são esses laboratórios para mantermos a independência do teste. Para descobrir a adição de outros óleos vegetais ao azeite – o que descaracteriza o produto que é extraído exclusivamente da azeitona –, verificamos diversos parâmetros físico-químicos capazes de detectar a fraude. Entre eles, estão a quantidade de ceras e a composição de ácidos graxos e de esteróis.

Descubra aqui mais detalhes de como fizemos o teste. 

Outra análise importantíssima foi a sensorial. Apesar de ser obrigatória em alguns países a comprovação da qualidade do azeite por meio de análises organolépticas ou sensoriais, ainda não possuímos um painel treinado brasileiro. Por isso, submetemos os azeites a um painel internacional, certificado pelo COI, no qual especialistas treinados e qualificados avaliaram os compostos dos azeites formadores de aromas e sabores complexos. Essa análise veio não só comprovar que os cinco azeites citados são lampantes, como também mostrou que Beirão, Broto Legal, La Española, Mondegão, Serrata e Tordesilha deveriam ser classificados como virgens, e nãoextravirgens.

* A empresa responsável pelo Azeito Broto Legal informou à PROTESTE que o lote do produto foi retirado antes da veiculação deste teste, não existindo nenhum lote disponível no mercado.

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Nem todos são envasados no Brasil
Entre esses azeites que você não deve comprar, quatro são envasados no Brasil: Lisboa, Malaguenza, Tordesilhas e Tradição Brasileira. Os demais produtos são envasados no país de origem. A marca Do Chefe não fornece informações sobre o envasilhador. Vale saber que todos os fabricantes receberam os resultados de nossos testes, assim como a metodologia aplicada. Também informamos a ocorrência das fraudes ao Ministério Público, à Secretaria Nacional do Consumidor e ao Ministério da Agricultura, para que providências fiscalizatórias e punitivas dentro do âmbito de atuação de cada instituição sejam adotadas.

Para comprar um azeite de qualidade, consulte o nosso comparador.

Agora, preste atenção: se nas suas compras para a ceia de Natal você já comprou um dos azeites reprovados por nós, não fique de braços cruzados. Ligue para o nosso Serviço de Defesa do Consumidor pelos telefones 0800-282-2204 (de telefone fixo) ou (21) 3906-3900 (de celular) e descubra o que fazer.

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