Inflação: estudo da PROTESTE mostra custo elevado em cesta básica paulista
Os resultados da pesquisa mostram aumento de 17% no preço médio da lista de itens básicos
Em um período marcado pela pandemia de Covid-19, desvalorização monetária, maior procura por produtos, aumento no valor dos transportes e problemas relacionados à colheita, os preços nos supermercados paulistas representam um efeito da crise – aumento na cesta básica. Para compreender a variação, a PROTESTE realizou uma coleta dos preços nos estabelecimentos, entre o dia primeiro até sete de junho, envolvendo os seguintes itens básicos: arroz branco, feijão preto, óleo de soja, açúcar refinado, desinfetante, leite integral, sabonete, álcool em gel, papel higiênico, água sanitária e sabão em pó.
A pesquisa
A metodologia utilizada nesse estudo foi a pesquisa dos preços em 50 supermercados na cidade de São Paulo, na zona oeste, norte, sul e leste. Para que houvesse uma comparação entre os preços, os estabelecimentos foram os mesmos visitados durante o mês de julho de 2020, entendendo assim, a variação nos valores.
Os supermercados cariocas também indicaram aumento no preço da cesta básica, veja a matéria aqui.
Em 2020, o preço médio de uma cesta básica era R$ 52,31 e entre agosto do ano passado até maio de 2021, a inflação foi de 7,16%, e levando em consideração os preços atuais, o valor médio da lista dos itens básicos para o dia-a-dia é R$ 61,36 – um aumento de 17%.
Mesmo que a variação em alguns produtos seja pequena, analisando de forma anual, a alta nos valores representa a diminuição no poder de compra no consumidor. No entanto, devido à pandemia, o comportamento dos consumidores modificou os valores nos produtos. Com a criação de estoques dentro de casa sem necessidade, a procura modificou o valor de produtos como feijão carioca e o desinfetante – que agora, representaram redução após esse período inicial.
A variação no valor dos alimentos:
Produto |
2020 |
2021 |
Variação |
Óleo de soja |
R$4,00 |
R$ 7,75 |
96% |
Arroz branco |
R$ 3,98 |
R$ 5,89 |
48% |
Açúcar refinado |
R$ 2,55 |
R$ 3,38 |
33% |
Leite integral |
R$3,66 |
R$ 4,65 |
27% |
Feijão carioca |
R$ 8,23% |
R$ 7,61 |
-8% |
Os preços coletados referentes aos alimentos básicos da cesta básica sofreram as maiores variações – os destaques são para seguintes produtos: o óleo de soja (96%), arroz branco (48%) e açúcar refinado (33%). O único item que não sofreu aumento durante a coleta de preços, foi o feijão carioca (-8%).
A mudança nos produtos ligados à higiene
Os itens ligados à higiene pessoal e doméstica, em comparação aos alimentos sofreram menores variações. No entanto, a alta nos produtos continua principalmente na água sanitária (19%) e no papel higiênico folha dupla (13%).
Produto |
2020 |
2021 |
Variação |
Água sanitária |
R$ 5,26 |
R$ 6,25 |
19% |
Papel higiênico folha dupla |
R$ 7,00 |
R$ 7,90 |
13% |
Sabonete |
R$ 2,66 |
R$ 2,83 |
6% |
Sabão em pó |
R$ 10,26 |
R$ 10,45 |
2% |
Desinfetante |
R$ 4,71 |
R$ 4,55 |
-3% |
Atenção às compras: pesquise antes de comprar
Após os resultados da coleta de preços, a PROTESTE aconselha aos seus consumidores que se atentem a realizar uma boa pesquisa antes da ida ao supermercado. Como o período pede prevenção devido à pandemia, navegar pelos sites ou aplicativos dos estabelecimentos é uma recomendação.
Os supermercados paulistas foram aprovados e todos os visitados estavam 100% de acordo com todas as medidas de prevenção – exigiram a utilização de máscara dentro do supermercado, higienização do carrinho e disponibilização de álcool em gel.
Levar um pequeno recipiente com álcool também é uma boa dica para garantir a segurança nas compras.