Camisinhas: você seguro no Carnaval
Para avaliar a qualidade e a segurança dos preservativos disponíveis por aí, levamos algumas marcas ao laboratório. Tanto a versão tradicional quanto a chamada fina foram colocadas na berlinda. Confira aqui os resultados antes de cair na folia!
A camisinha é uma grande aliada de quem preza pelo sexo seguro. Mas será que ela protege assim tão bem quanto promete? Para responder a essa pergunta, testamos as principais marcas presentes no mercado, incluindo a Vista-se, distribuída gratuitamente pelo Ministério da Saúde.
Jontex, Olla, Prudence, Blowtex, Durex, Skin e Preserv foram as outras marcas levadas ao laboratório. E nosso teste teve início com a análise da integridade da embalagem que envolve o preservativo. Nenhuma apresentou problemas. Isso significa que as camisinhas estão devidamente protegidas contra calor, umidade excessiva e contaminações – tudo aquilo o que tende a prejudicar a eficácia do produto.
Também verificamos se a rotulagem está de acordo com a legislação, trazendo ao consumidor informações sobre composição, lote, data de fabricação, entre outras. Não encontramos qualquer desconformidade. Só tivemos dificuldade em detectar a data de validade dos produtos Durex: em comparação às demais camisinhas, esse dado não estava tão em evidência. Mas, ainda assim, a marca foi bem avaliada nesse critério.
Chance de estourar é mínima
Quem nunca ouviu a história de parente, amigo ou vizinho que não hesita em afirmar: a gravidez só aconteceu porque a camisinha estourou. Saiba que isso não é algo fácil de ocorrer. No entanto, é, sim, possível. A má qualidade da borracha ou falhas durante o processo de fabricação podem comprometer a eficácia do preservativo.
Pensando nisso, enchemos cada um deles com ar, como se fossem balões, e constatamos que não há com o que você se preocupar: a capacidade volumétrica e de pressão de estouro dos produtos respeita os padrões estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que diminui, e muito, a chance de eles se romperem durante o uso. Conferimos ainda se as camisinhas traziam orifícios. E a boa notícia é que não encontramos um buraquinho sequer.
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O preservativo precisa cobrir inteiramente o pênis e ter largura apropriada, capaz de proporcionar conforto e de evitar que o produto deslize. Outro ponto importante: a medida deve, é claro, ser a mesma indicada na embalagem, permitida tolerância de dois milímetros para mais ou para menos.
Nenhum produto desapontou em relação à largura. As camisinhas também provaram estar em conformidade quando o assunto é comprimento: todas respeitam o tamanho mínimo de 16 centímetros (desconsiderando-se o reservatório) estipulado pela legislação.
A espessura está relacionada ao conforto e à sensibilidade, sendo 0,03 mm a medida mínima exigida pela Anvisa para esse parâmetro. A Blowtex Extra Fino Sensitive se sobressaiu entre as demais por ser a mais fina, com espessura média de 0,054 mm.
Outras que também se destacaram, sendo igualmente muito bem avaliadas nesse quesito, foram Preserv Extra Sensitivity, Durex Sensitive e Prudence Ultra Sensível, com 0,058 mm, 0,061 mm e 0,062 mm, respectivamente. A Vista-se mostrou ser a mais espessa, medindo 0,088 mm. Porém, ainda assim, ela é fina o suficiente para não comprometer o prazer durante a relação sexual.
Observamos ainda que os preservativos chamados finos ou sensitive são realmente menos espessos em comparação aos seus correspondentes tradicionais. A maior diferença ficou com a marca Skyn (0,015 mm a menos). Os produtos Blowtex e Preserv (0,013 mm a menos) ocuparam o segundo lugar. Já a Jontex apresentou a menor diferença: apenas 0,002 mm a menos.
De acordo com os resultados, não há dúvidas de que os preservativos analisados garantem sexo seguro sim, durante o Carnaval e também o ano inteiro. É claro que, por melhor que a camisinha seja, não existe método infalível. Porém, tenha em mente que esse é o método mais eficaz contra as doenças sexualmente transmissíveis (DST), entre elas a Aids. Além disso, ele é capaz de evitar uma gravidez indesejada. Por isso, deixe de lado os mitos que envolvem o uso do preservativo e previna-se – quem se ama se cuida!
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