Plano de saúde: situação financeira da Unimed Rio preocupa usuários
Prejuízo da cooperativa é grande, porém, na avaliação da PROTESTE não há motivo para precipitação desde que atendimento e serviços não sejam afetados.
A difícil situação financeira da Unimed Rio, que tem 993 mil beneficiários, está preocupando. O temor é que a direção fiscal instituída pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), até março do ano que vem, não seja suficiente para reverter o desequilíbrio financeiro, e se repita o ocorrido com a Unimed Paulistana.
A operadora de São Paulo teve de transferir sua carteira para outras, gerando transtornos para mais de 700 mil clientes, cujo processo de portabilidade ainda está em andamento.
Atendimentos e serviços devem ser mantidos
A PROTESTE orienta os usuários da Unimed Rio a não se precipitarem, se não estiver havendo prejuízos ao atendimento, pois a ação da ANS é justamente para que a empresa aponte uma saída, com um plano de reestruturação financeira.
Os serviços aos beneficiários têm de ser prestados normalmente e os contratos devem ser integralmente mantidos, inclusive quanto à qualidade e quantidade da rede credenciada. Mas se os problemas persistirem, terá a carteira transferida.
Prejuízo beira R$200 milhões
O temor dos beneficiários se agravou com a reprovação das contas do ano passado da cooperativa, pela assembleia geral, ocorrida no final de outubro, que contou com presença maciça dos cooperados. Foram rejeitadas as contas apresentadas pela direção, que somam, em 2014, prejuízo de R$ 198 milhões. Trata-se da terceira maior cooperativa do sistema Unimed.
Desse total, R$ 90 milhões deverão ser rateados entre os cerca de 4.000 médicos produtivos da cooperativa, que conta com 5.600 associados. Um fundo de reserva de R$ 108 milhões, constituído justamente para caso de perdas, cobrirá o valor restante. Para a ANS, o fato de as contas terem sido reprovadas pelos sócios não altera a avaliação da empresa.
Desde outubro de 2013 a Unimed Rio absorveu 160 mil clientes da Golden Cross, com a compra da carteira de planos individuais da empresa. Por 15 anos investiu em patrocínio ao Fluminense, cujo contrato acabou em dezembro passado. E gastou muito com a construção de hospital próprio. A operadora foi proibida pela ANS, em agosto último, de comercializar 15 modalidades de novos planos até melhorar os indicadores de atendimento, reduzindo as reclamações.
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