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Consumo excessivo de açúcar em debate

04 jun 2013
Altos índices de açúcar nos alimentos é um dos problemas recorrentes detectados nas análises da PROTESTE.

Uma fiscalização eficiente da indústria de alimentos, para evitar liberalidade com produtos sabidamente prejudiciais à saúde, foi defendida pela PROTESTE Associação de Consumidores no I Seminário Nacional sobre a Redução do Consumo de Açúcar, realizado nesta terça (4), em Brasília.“O setor precisa parar de por no mercado alimentos que venham a representar uma ameaça à saúde da população, e reduzir o teor de açúcar, cujo consumo em excesso contribui para o aparecimento de obesidade, hipertensão, diabetes e problemas cardiovasculares”, alertou Karen Guimarães, representante da entidade no evento da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

O papel da PROTESTE tem sido ajudar o consumidor a se tornar mais consciente de suas escolhas alimentares, mostrando como elas podem interferir em sua saúde, além de lutar por maior clareza nas informações dos rótulos sobre a quantidade de açúcar total. Para isto realiza testes como o que avaliou os níveis de açúcar de 95 alimentos industrializados, de 17 categorias, incluindo refrigerantes, geleias, sorvetes e bebidas lácteas.

Entre os produtos testados, muitos fazem parte do cardápio infantil, como bolos, cereais matinais, achocolatados, biscoitos, petit suisse, farinha láctea, refrigerantes e até pães tipo bisnaguinha. Dos 95 itens avaliados, apenas seis foram considerados com baixo teor de açúcar: as gelatinas sabor morango, que também são amplamente consumidas pelos pequenos. O achocolatado em pó Mágico apresentou, aproximadamente, 70% de açúcar em sua composição. Isso significa que em uma porção do achocolatado (2 colheres de sopa), consome-se o equivalente a quase 3 saches de açúcar. Os resultados foram divulgados em junho do ano passado.

No seminário, a PROTESTE participou da mesa “Consumo alimentar, tecnologia de alimentos e o papel da indústria” Além da fiscalização, defende a PROTESTE, é necessário determinar os níveis máximos de açúcar permitidos em cada produto. Dados da “Consumers International”, apontam que uma em cada dez crianças pelo mundo inteiro estão acima do peso ou obesas — isso contabilizaria 155 milhões de crianças! Outro dado assustador coletado pela referida organização é de que há, atualmente, 22 milhões de crianças com menos de cinco anos de idade com sobrepeso.

Discutir com a indústria de alimentos uma forma para reduzir a quantidade desses ingredientes é essencial para reduzir a incidência de diabetes e outras doenças crônicas, como a obesidade e a hipertensão. Mas é preciso definir prazos para implantação das mudanças.