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PROTESTE na luta contra o alcoolismo juvenil

09 abr 2013
Em audiência na Câmara dos Deputados, é pedido maior fiscalização à restrição de horários para a veiculação de comerciais de bebidas.

Na audiência pública sobre o alcoolismo juvenil, promovida nesta terça-feira (9) pela Comissão de Seguridade Social e Família, em Brasília, a PROTESTE Associação de Consumidores cobra maior rigor na restrição da publicidade de bebidas alcoólicas, sobretudo para as propagandas de cerveja – que em muitos casos, pode servir serve como porta de entrada para o vício.

A PROTESTE também defende a criação de campanhas, inclusive envolvendo petições públicas, que tenham este objetivo.

"O aparato legal brasileiro está longe de limitar o consumo de bebidas pelos jovens. Os graves danos causados pelo alcoolismo evidenciam a importância da criação de medidas a fim de reduzir a influência do álcool sobre a população", destaca Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da PROTESTE, que representa a entidade na audiência.

Também é importante que os rótulos das bebidas contenham advertências claras e evidentes sobre os riscos que o consumo pode provocar à saúde e que a exemplo de algumas marcas de cigarros, tem alto poder de atração sobre os adolescentes.

A Associação também propõe que sejam promovidas ações conjuntas, em parceria com entidades de medicina, de ações voltadas para os pais que também esclareçam sobre os perigos do álcool para a saúde, já que muitos também consomem bebidas de forma indiscriminada.

Além disso, a PROTESTE cobra maior fiscalização, por parte das autoridades, da venda de bebidas alcoólicas para menores de idade, e penas mais duras tanto para quem vende, como para quem promove eventos e festas com esta finalidade.

A PROTESTE alerta que é preciso intensificar a fiscalização em bares de regiões próximas a instituições de ensino. Além de cobrar das escolas maior participação, notificando os pais caso seus alunos sejam flagrados ingerindo bebidas alcoólicas.

O consumo de álcool por adolescentes é cada vez mais comum e alcançou níveis alarmantes, apesar de o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) proibir a venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos. Levantamento do Hospital Universitário da USP, realizado entre 2002 e 2012, apurou que jovens de 13 a 22 anos foram os que mais procuraram atendimento por intoxicação aguda por ingestão de álcool. E segundo dados da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas, (ABEAD), cerca de 10% da população brasileira é dependente de bebidas alcoólicas.