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Produtos

Cadeirinhas automotivas precisam melhorar, aponta quarta avaliação da PROTESTE

25 nov 2014
Mas a Associação destaca que por mais que esses produtos precisem melhorar, jamais se deve transportar uma criança dentro de um carro sem o dispositivo de segurança adequado.
Cadeirinhas
Nenhuma cadeirinha para carros obteve além de três estrelas na avaliação feita pelo Programa de Avaliação de Carros Novos - Global NCAP e ICRT (International Research & Testing), entidade parceira da PROTESTE Associação de Consumidores, com a colaboração da Fundação Gonzalo Rodríguez (Uruguai). Na quarta avaliação feita, a conclusão é que esses dispositivos de retenção das crianças nos veículos ainda precisam melhorar. A classificação máxima é de cinco estrelas.

Foram submetidos a testes de impactos 13 modelos de cadeirinhas automotivas (três só estão à venda em outros países da América Latina), para avaliação da segurança dos equipamentos disponíveis no mercado latino americano. Os produtos testados são para crianças de 0 a 36 quilos. 

No teste de colisão frontal, o modelo Galzerano Orion Master quebrou na parte traseira, próximo ao cinto de segurança da cadeirinha. No Baby Style Cadeira 7000 e Chicco Xpace, também houve grande deslocamento do boneco usado nos testes.

E a presilha lateral da Baby Style 333 se rompeu no teste de colisão frontal. Com a ruptura, a cadeirinha se desestabilizou completamente, jogando o boneco para todos os lados, desestabilizando todo o dispositivo e levando o boneco a quase fazer uma cambalhota. Houve grande deslocamento da cadeirinha Chicco Eletta e, por consequência, do boneco. O mesmo ocorreu com o modelo Nania Cosmo SP Ferrari, do grupo 0/1.

Os resultados foram ainda piores no teste de colisão lateral, que não é exigido pelo Inmetro na análise para certificar as cadeirinhas vendidas no Brasil. Na Burigotto Touring SE 3030 e Lenox Casulo, ocorreu um forte contato da cabeça com a lateral da porta. Os demais modelos foram considerados ruins, com um contato menos forte.

O único modelo com segurança lateral adequada foi o Bebe Confort Axiss, oferecendo boa proteção da cabeça, não permitindo o contato com a porta lateral do veículo.

Para aumentar a segurança da criança em caso de colisão lateral, recomenda-se que a cadeirinha seja instalada na parte central do banco traseiro, caso o carro tenha cinto de três pontos nessa posição. O cinto abdominal não prende a cadeirinha com firmeza.

Quem já tentou instalar uma cadeirinha sabe que elas não são autoexplicativas e, se mal instaladas, podem colocar em risco a criança. Nesse item, o pior resultado ficou com a Baby Style 333. Foi difícil passar o cinto de segurança pelos caminhos e ajustá-lo depois. Também houve problemas para entender como preparar a cadeirinha em caso de conversão de grupo 0+ (até 1 ano e com até 13 quilos), para o grupo 1 (1 a 4 anos e 9 a 18 quilos). 

As cadeirinhas mais fáceis de instalar foram a Burigotto Touring SE 3030, Lenox Casulo, Baby Style Cadeira 7000, Bebe Confort Axiss, Chicco Xpace, Chicco Eletta e Nania Cosmo SP Ferrari. Já na hora de colocar a criança na cadeirinha, os resultados não foram tão ruins.

É preciso prestar atenção para que o cinto de segurança da cadeirinha não dobre, deixando a criança mal fixada. As crianças próximas aos limites de peso e tamanho especificados pelo produto terão mais dificuldades para serem colocadas, exigindo mais força para prendê-las e deixando-as um pouco apertadas. Isso ocorreu com a Baby Style Cadeira 7000 e Galzerano Orion Master. 

É importante ler com atenção as instruções de uso, apesar de algumas deixarem a desejar, como é o caso dos modelos Lenox Casulo, Galzerano Coccon Infinity e Baby Style Cadeira 7000, em que as ilustrações eram de baixa qualidade e as informações eram confusas e insuficientes. As melhores instruções são dadas pela Chicco Xpace. 

Os modelos para crianças com até 13 kg avaliados foram: Burigotto Touring SE 3030; Lenox Casulo; Galzerano Coccon Infinity; Baby Style Cadeira 7000; Bebe Confort Axiss; Chicco Xpace; Galzerano Orion Master; Baby Style 333; Chicco Eletta e Nania Cosmo SP Ferrari.

Outros três modelos testados não são vendidos no Brasil, mas estão disponíveis em outros países latino-americanos. São eles: Infanti Saville V3 (grupo 0+/1), Premium Baby Grand Prix (grupo I/II) e Infanti Saville Max V8 A (grupo 0+/I/II/III). 

Nos testes de impactos frontal e lateral, a realidade é a mesma encontrada nos modelos à venda no Brasil, ou seja, produtos com uma estrela de resultado final. A cadeirinha Infanti Saville V3 teve ruptura do clipe do peito. Já o dispositivo Infanti Saville Max V8 inclinou durante o teste, ocasionando quase um giro do boneco. E o modelo Premium Baby Grand Prix provocou uma lesão abdominal séria no boneco.

Confira as fotos e vídeos do teste.