Medição da qualidade da banda larga comprova falhas

A TIM foi a operadora com mais indicadores abaixo da meta, com 16 ocorrências, na medição de qualidade da banda larga móvel no país em dezembro, feita pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Os resultados foram divulgados após a PROTESTE Associação de Consumidores reclamar do atraso na divulgação dos dados prometido para dezembro.  O levantamento inclui medições da banda larga móvel em 16 estados, em dois quesitos: velocidade instantânea e velocidade média. A Oi obteve o segundo pior resultado na banda larga móvel em dezembro, com 11 indicadores abaixo da meta. A Vivo não alcançou as metas em 8 casos, e a Claro em 6.

Os estados da região Norte, mais uma vez, tiveram números bem abaixo das metas. Enquanto as metas para as velocidades instantânea e média são de 95% e 70%, respectivamente, várias operadoras obtiveram resultados que ficaram abaixo de 50% em diversos estados (Acre, Amapá, Amazonas e Roraima).  

Em ofício enviado à Agência dia 5 por e-mail, e no dia 6 pelo correio, a Associação destaca que o usuário de serviços de telecomunicações tem direito de acesso aos serviços com padrões de qualidade e regularidade adequados à sua natureza, em qualquer ponto do território nacional. 

As falhas no sinal do 3G e a velocidade inferior à contratada, com prejuízos à utilização do serviço, levou a PROTESTE a promover campanha desde o ano passado, quando teve mais de 40 mil adesões de usuários prejudicados com a má qualidade do serviço prestado. 

Na primeira fase da campanha, 43 mil brasileiros relataram pelo site www.embuscado3gperdido.com.br os problemas que enfrentam porque, além da má cobertura, as operadoras também não entregam a velocidade prometida com os planos 3G. Os resultados de levantamento feito pela PROTESTE mostram que o serviço não é adequado e é muito difícil ter uma conexão de alta velocidade fora das principais cidades brasileiras.

Os resultados das medições são fundamentais para o consumidor se informar e para a Agência tomar medidas que permitam a melhoria progressiva da qualidade do serviço, num setor que é o mais reclamado nas entidades de defesa do consumidor.