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Água

PROTESTE critica sobretaxa de até 50% na conta de água

18 dez 2014
Multa teria que ter aval das agências reguladoras e penalização só é admitida em caso de racionamento, o que ainda não foi assumido pelo Estado.
Agua
A partir de 1º de janeiro, o consumidor paulista que tiver aumento de consumo igual ou menor que 20% (em relação à média de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014), terá 20% de acréscimo na conta de água. Já os consumidores que gastarem acima de 20% em relação a sua média terão ônus de 50% na conta.


A PROTESTE Associação de Consumidores lamenta que nessa situação de escassez de água nos reservatórios, o consumidor seja duplamente penalizado. Vai pagar o custo adicional da geração de energia pelas termelétricas, e multa no consumo de água.

A Associação enviou ofício ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, nesta quinta-feira (18), questionando se houve autorização das agências reguladoras do setor para multar, dentre os 17 milhões de moradores da Grande São Paulo abastecidos pela Companhia do Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), os que gastarem água acima da média de consumo.

Na avaliação da PROTESTE, os mecanismos tarifários de contingência podem ser adotados em situação crítica de escassez quando a autoridade gestora de recurso hídrico declarar a necessidade de racionamento, o que até agora não foi assumido por São Paulo, onde o governo anunciou acréscimo tarifário de 20% na conta para quem gastar mais de 20% acima da média, a partir de janeiro.

As legislações para estas situações críticas de escassez ou contaminação de recursos hídricos que obriguem à adoção de racionamento são a Lei 11.445 de 2007 e o Decreto 7.217, de 21 de junho de 2010. Mas a previsão é que as multas sejam para cobrir custos adicionais decorrentes do racionamento, garantindo o equilíbrio financeiro da prestação do serviço e a gestão da demanda.

A lei prevê que a tarifa de contingência, caso adotada, incidirá, preferencialmente, sobre os consumidores que ultrapassarem os limites definidos no racionamento. Mas a Sabesp não assume o rodízio ou racionamento de água, mas sim um acréscimo tarifário para conscientização. Até agora o Estado promoveu uma campanha de bônus, em que os consumidores que economizam água tinham desconto de 30% na conta. Cerca de 25% dos consumidores, em meio à atual crise, ampliaram o consumo de água.

Aqueles com consumo baixo (inferior a 10 metros cúbicos mensais) estarão fora dessa sobretaxa. Haverá ainda opção de recursos à Sabesp, para casos de mudança de imóvel, por exemplo.

E continua a valer o programa de bônus para os consumidores que têm economizado água nesse período. As atuais faixas de desconto são: redução entre 10% e 14,9% (bônus de 10%); de 15% a 19,9% (bônus de 20%); e de 20% ou mais (bônus de 30%).