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Saúde

PROTESTE faz alerta sobre câncer de próstata

05 dez 2017
Associação destaca que a maioria dos homens diagnosticados não morrem por causa da doença

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre homens brasileiros, ficando atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no ano passado foram diagnosticados mais de 61 mil novos casos da doença – que registrou quase 14 mil mortes. Cerca de um em cada sete homens serão diagnosticados durante a vida.

Apesar dos dados alarmantes, a PROTESTE, Associação de Consumidores, destaca que a maioria dos homens diagnosticados não morre por conta dela. As doenças cardiovasculares e respiratórias, assim como diabetes e acidentes de trânsito, continuam a encabeçar a lista das principais causas que levam ao óbito, ou seja, muitos homens acabam morrendo com esse câncer, mas não por causa dele.

A Associação informa que o aumento da próstata não necessariamente significa câncer. A partir dos 40 anos, a glândula pode aumentar e comprimir a uretra e a bexiga. Nesse caso, surgem os sintomas típicos de frequência e urgência em urinar, que se intensificam à noite.

Estima-se que essas queixas afetem mais da metade dos homens após os 60 anos, mas embora elas gerem angústia, não são típicas do câncer.

Sintomas
Na maioria das situações, o tumor é localizado. A doença, em alguns casos, é silenciosa, mas, em outros, apresenta sintomas como cansaço, perda de peso ou dores nos ossos.

Diagnóstico
O diagnóstico começa pelo toque retal. Realizado no consultório, esse procedimento permite determinar se a próstata aumentou de volume (situação que gera as queixas urinárias) e detectar a eventual presença de nódulos ou outras anomalias.

Em caso de alterações, são feitas análises e a biópsia. Sem anomalias palpáveis, o médico poderá solicitar um exame de sangue para determinar o PSA, uma substância produzida pela próstata. Porém, estudos científicos têm demonstrado que essa análise pode gerar resultados falso-positivos.

O PSA pode sofrer flutuações em função de vários fatores, como infecção, aumento natural do volume da próstata devido à idade, alguns procedimentos médicos ou certos medicamentos.

Se o valor for ligeiramente elevado, em regra, são pedidas mais análises. Diante de valores excessivos de PSA livre, é feita uma biópsia para averiguar ao microscópio a eventual presença de células malignas. A biópsia permite estabelecer a probabilidade de o câncer ser ou não agressivo.

Sucesso dos tratamentos
Um estudo avaliou a taxa de sobrevida de pacientes, 10 anos após o tratamento de um câncer da próstata localizado e, concluiu que é extremamente elevada.

A taxa de evolução e disseminação do câncer para outros órgãos baixou para mais de metade nos homens submetidos à cirurgia e radioterapia, quando comparados com aqueles que preferiram fazer vigilância ativa. No último grupo, o câncer evoluiu em um paciente em cada cinco, contra menos de um em dez entre os que recorreram à cirurgia ou radioterapia.

Contudo, essas intervenções causaram efeitos adversos, sobretudo no primeiro ano. Já seis anos depois, duas vezes mais homens no grupo da cirurgia continuavam com queixas urinárias e sexuais, em comparação com quem optou por vigilância ou radioterapia.

O ideal é discutir as alternativas com um ou vários médicos. O paciente deve evitar decisões precipitadas, pois esse câncer se mantém quase sempre localizado e é, na maioria dos casos, de evolução lenta.


Abaixo, a PROTESTE separou algumas informações a fim de esclarecer dúvidas sobre as intervenções.

• Cirurgia

A remoção da próstata por laparoscopia é menos invasiva do que a cirurgia com corte abdominal. Além disso, faz com que a hospitalização e a recuperação sejam mais rápidas.

Prós: Reduz o risco de evolução, a quantidade de exames regulares e a angústia do doente.

Contras: Riscos inerentes a qualquer cirurgia, como infecções. Por vezes, é preciso extrair parte da uretra, as vesículas seminais, os nervos penianos e os nódulos pélvicos. Incontinência urinária e disfunção erétil são complicações frequentes.


• Radioterapia

Visa destruir as células cancerígenas com radiação externa ou com elementos radioativos implantados na próstata. A última técnica requer menos sessões e é mais precisa.

Prós: Ao destruir as células cancerígenas, o risco de a doença evoluir é baixo. Reduz a regularidade dos exames e a angústia.

Contras: Urgência e dor para urinar, problemas gastrointestinais, em geral passageiros, são frequentes. A longo prazo, pode causar disfunção erétil


• Vigilância ativa

Em vez de ser tratado, o paciente é submetido a toque retal, biópsia e análise de PSA, por exemplo, a cada seis meses ou uma vez ao ano. Essa opção é proposta a homens com saúde debilitada ou mais idosos.

Prós: Evita os efeitos adversos dos tratamentos e permite atuar sobre os sintomas. Só se segue para o tratamento se o câncer evoluir e a condição física do doente permitir.

Contras: A monitorização provoca angústia, além de os exames serem desagradáveis.