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Produtos

PROTESTE pede a retirada de lâmpadas natalinas do mercado

15 dez 2017
Associação testou a qualidade e segurança de 10 pisca-picas e todas foram reprovados

Nesta sexta-feira, 15, a PROTESTE, Associação de Consumidores, realizou um teste com lâmpadas natalinas ou, como são popularmente conhecidas, piscas-piscas, com o objetivo de testar a segurança e a qualidade desse produto tão procurado pelos consumidores nesta época do ano.

A Associação avaliou 10 modelos de lâmpadas:

Marca: Modelo:
Wincy Natal NTM1120B127V
Wincy Natal NTL3100C127V
Master Christimas QG6389
Master Christimas QG3671
Multiart Christimas LZ-LED100B
Pisca JA80103
Christimas Traditions 122181129 Pisca 100L 127
Leds Rosa 15078
Christimas Lights Multifunction LED100L-BTC
100 Leds ZG-19002


Como no Brasil ainda não tem uma norma específica que trate de lâmpadas natalinas o teste foi baseado em alguns itens do documento UL588:97, que é aplicável nos Estados Unidos, e no item 13.2 da ABNT NBR NM 60335-1:2010, que é aplicável aos eletrodomésticos.

O teste foi realizado com base em sete quesitos que apontaram o desempenho do produto e, infelizmente, os resultados não foram satisfatórios.

No quesito de proteção contra sobrecorrente todos os produtos foram eliminados, pois não possuem esse tipo de proteção. A falta da proteção contra sobrecorente, como por exemplo, um fusível, fará com que a proteção de uma residência dependa apenas do disjuntor da casa, na ocorrência de um problema, podendo até, nos piores casos, ocasionar um incêndio.

Já no quesito terminais e partes condutoras somente 3 (Wincy Natal NTL3100C127V, Master Christmas QG3671 e Christimas Lights Multifunction LED100L-BTC) dos 10 produtos avaliados atenderem as especificações, de terem somente prata ou cobre nas partes condutoras de corrente. As outras marcas apresentaram alumínio nestas peças. O alumínio não é tão resistente à oxidação e à corrosão galvânica como a prata e o cobre. Assim, a tendência desses tipos de problemas acontecerem é bem maior, o que coloca em risco o funcionamento seguro do produto.


No quesito alívio de tensão todos os produtos foram eliminados. O item analisa o ensaio de tensão na posição plugue x gabinete e gabinete x lâmpada natalina, simulando um tropeço nesses locais ou mesmo uma tentativa de desligar o plugue da tomada puxando pelo fio. Todos os produtos tiveram rompimento da fiação em pelo menos em uma dessas duas partes.

O quesito emendas, que avalia a proteção mecânica, apenas os modelos Master Christimas QG6389, Christimas Traditions 122181129 Pisca 100L 127 e 100 Leds Rosa 15078 atenderam ao item. As outras amostras não tem proteção mecânica, ou seja, os pontos de conexão não tem ancoragem, ou seja, os fios estão soldados diretamente no gabinete, o que facilita muito que se solte.

No que se refere ao quesito de suporte de lâmpadas, que é direcionado para as lâmpadas de uso externo, apenas as amostras Christimas Traditions 122181129 Pisca 100L 127 e Leds Rosa é que continham instruções para o uso interno.

Duas lâmpadas, Christimas Traditions 122181129 Pisca 100L 127 e Christimas Lights Multifunction LED100L-BTC (foto abaixo), têm tomadas que permitem conectar outros produtos (eletrodomésticos, por exemplo), diferentes das lâmpadas. Isso é extremamente perigoso, pois o usuário pode utilizar como se fosse uma extensão. O ideal é que estas conexões que permitem instalar outro conjunto de lâmpadas sejam diferentes da tomada padrão, para não poder ser utilizada de maneira errada.


Porém, no quesito corrente de fuga e tensão suportável na temperatura de operação, somente a Christimas Traditions 122181129 Pisca 100L 127 foi reprovada, pois, durante o teste, houve rompimento elétrico da isolação, caracterizando que durante uma tempestade, se houver indução de um pico de tensão na rede elétrica, essa amostra não apresentou a proteção necessária e foi eliminada neste quesito.


A PROTESTE enviou os resultados dos testes ao INMETRO e à ABNT e pediu que haja a certificação desse tipo de produto no Brasil, além de ter solicitado a Secretaria Nacional do Consumidor, com base nos riscos à segurança dos consumidores, a retirada do produto do mercado.