PROTESTE testa dispositivos que transformam TV de LCD em uma Smart TV

As Smart TVs – aquelas que têm acesso à Internet e oferecem aplicativos – vêm ganhando mercado aqui no Brasil. Ainda assim, os preços de alguns modelos podem ser um pouquinho salgados.

Para fugir dos preços altos, o consumidor pode transformar a TV de LCD comum em uma Smart TV. Existem dispositivos de compartilhamento de imagem que deixam o aparelho conectado, com acesso aos mesmos aplicativos e algumas funções de uma smart.

Por isso, a PROTESTE Associação de Consumidores, avaliou como funcionam os produtos, destacando as vantagens e as desvantagens de cada um.

O primeiro aspecto que o consumidor deve prestar atenção é se o produto têm o selo de qualidade da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Ele atesta a procedência do produto e se obedece às normas estabelecidas pela legislação brasileira.

O segundo critério é que existem dois tipos de dispositivos que diferem conforme a usabilidade. Um vem com controle remoto, lembrando um equipamento de TV a cabo com Internet. O outro funciona e pode ser controlado por meio de um celular, tablet ou computador. O número e os tipos de aplicativos disponíveis variam de acordo com o modelo.

O Chromecast 2, da Google, por exemplo, possui uma entrada USB e uma HDMI. Pode ser encaixado na porta USB da TV, desde que ela tenha no mínimo 1A e 5V. Assim, os cabos não ficam aparentes. Também pode ser plugado na tomada e, depois, conectado à TV.

O aparelho precisa de um smartphone (Android ou iOS) ou um computador para funcionar. Se optar pelo celular, o consumidor pode usar o aplicativo Google Home para controlá-lo. O dispositivo não possui apps instalados, mas é compatível com YouTube, Deezer, Spotify, Netflix, Globo Play e jogos como o Real Racing 3. O manual possui imagens bem definidas, porém com poucas informações, e a garantia é de um ano.

Já o Apple TV 4a geração, por sua vez, funciona com controle remoto e cabo HDMI. No entanto, ele também pode ser controlado com um aparelho da Apple. Na instalação, a PROTESTE fez a configuração com um dispositivo iOS 9.1 e um ID Apple. Ela é fácil, mas o dispositivo não atualizou automaticamente. O controle é pequeno, mas, depois que você se acostuma, fica mais fácil localizar e digitar os ícones na tela. O Deezer e o Spotify limitando você ao Apple Music. YouTube e Netflix operam perfeitamente e com qualidade muito boa.

No Multilaser Smart TV Box, existem duas entradas USB, HDMI, para micro SD, fonte de alimentação e AV Out. O aparelho funciona com o próprio controle e espelha Android só via Miracast (sistema semelhante ao Bluetooth). A instalação é rápida e simples e pede só a linguagem e a configuração do Wi-Fi. Para baixar aplicativos, é necessário ter uma conta na Play Store e informá-la posteriormente.

O Android 4.4.2 aceita o dispositivo como tablet e não como TV. O sistema, lançado em 2014, é antigo e inseguro. Grande parte dos aplicativos já não roda mais. O controle só funciona se você direcioná-lo para o aparelho e qualquer movimento diferente o limita. A tela aparenta ter uma resolução maior do que o informado. Então, a Associação mudou manualmente a configuração de 720 pixels para 1.080 pixels, já que o aparelho havia detectado que a TV Full HD era HDTV Ready. Facebook, YouTube, Deezer, Spotify e Globo Play não tinham compatibilidade com Android e não funcionaram. Já o Netflix conseguiu rodar sem problemas.

Nenhum app no produto da Microsoft

O Wireless Display Adapter, da Microsoft, conta com entradas USB e HDMI. O aparelho deve ser conectado à TV e é necessário utilizar o Android ou o Windows 10 ou 8.1 para transmitir a imagem. O usuário não precisa manter o aparelho que está transmitindo ligado na tela compartilhada. Se o computador for dele, dá para continuar trabalhando nele normalmente sem afetar a transmissão. Esse dispositivo não vem com aplicativos e tem garantia de um ano.

DOIS NÃO TÊM SELO DA ANATEL

A PROTESTE não recomenda estes produtos! Eles não são vendidos oficialmente no Brasil e não apresentam o selo de qualidade da Anatel.
CHROMECAST ULTRA - Ele não é vendido oficialmente no Brasil, então, não possui o selo, nem a homologação da Anatel. O plugue também não está no padrão brasileiro, por isso, é necessária a verificação desse produto no mercado do país. Além disso, não é possível conectá-lo à energia pelo USB da TV. Ou seja, ele precisa estar ligado na tomada.

MXQ-4K-TV BOX - Este é mais um de tantos produtos “ching-ling” vendidos na Internet. Ele pode causar erros, mau funcionamento e reduzir a segurança dos seus dados, por exemplo. A caixa e o manual do produto estão em inglês e ele não tem selo, nem a homologação da Anatel.