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Psoríase: ataca o corpo e alma

1 abril 2011
Psoríase: ataca o corpo e alma

A doença, que tem forte vínculo com o fator psicológico, ainda não tem cura, mas tratamentos podem ajudar a controlá-la.

A psoríase é uma doença autoimune, ou seja, dentro do corpo acontece uma diminuição da tolerância aos componentes do próprio organismo. Ela se manifesta por meio de inflamações na pele, que tem um ciclo de descamação em velocidade diferente, fazendo com que novas camadas de pele surjam antes do tempo. Como as células vivas nascem antes que as mortas desapareçam, elas se acumulam e formam manchas avermelhadas e espessas, cobertas de escamas.

Sua causa ainda é desconhecida, e fenômenos psicológicos são frequentemente relacionados com seu surgimento ou agravamento. Acredita-se que os fatores emocionais atuem como desencadeador da doença e que haja uma predisposição genética para a psoríase. Cerca de 30% dos portadores possuem histórico familiar da doença. O desencadeamento pode ocorrer em qualquer idade, motivado por influências ambientais, alguns medicamentos ou estresse.

Ao contrário do que muita gente pensa, a psoríase não é contagiosa e por isso não há necessidade de evitar o contato físico com outras pessoas. Mas, infelizmente, muitos de seus portadores isolam-se do convívio social para evitar comentários ou atitudes desagradáveis. Por conta disso, muitos desenvolvem sentimentos de tristeza, desespero, culpa, raiva e baixa autoestima.

O tratamento pela luz solar

O objetivo do tratamento da psoríase é o seu controle, pois a reincidência é característica da doença. A escolha do tratamento deve levar em conta as seguintes variáveis: o estilo de vida da pessoa, disponibilidade regional do tratamento, gravidade e topografia das lesões.

O tratamento com corticoides tópicos oferece bons resultados quando a doença não atinge grande parte do corpo e pouco modifica a qualidade de vida do portador. Em casos mais graves, quando a psoríase compromete mais que 10% da superfície corporal, é necessário o uso de outros métodos de tratamento, como por via oral ou por helioterapia (exposição ao sol).

Se expor ao sol moderadamente, evitando o horário entre 10 e 16 horas, pode trazer efeitos favoráveis em certos pacientes. Vale lembrar que alguns tratamentos estão disponíveis gratuitamente na rede pública de saúde, como o metotrexato e a ciclosporina.