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Afinal de contas, Nutella é potencialmente cancerígena ou não?

O creme de chocolate com avelã Nutella contém óleo de palma, que é uma substância associada ao câncer. Será que é melhor deixar de comer essa delícia?

12 abril 2017


óleo de palma no creme de chocolate e avelã Nutella acendeu a polêmica sobre o risco de câncer. Quem fez o alerta foi a Autoridade Europeia para Segurança Alimentar (EFSA): o óleo de palma, se aquecido acima de 200°C, pode gerar contaminantes potencialmente cancerígenos (os ésteres glicidílicos). A entidade não estabeleceu uma dose diária admissível para a presença destes contaminantes em produtos à base de óleo de palma ou de outros óleos e gorduras. O ideal é não estarem incluídos nos alimentos.

Porém, quando questionada, a Ferrero, fabricante italiana da Nutella, afirmou que não há riscos para a saúde do consumidor, porque é empregado um processo industrial que combina temperaturas adequadas e uma pressão baixa para minimizar os contaminantes. A empresa, inclusive, lançou uma campanha publicitária para garantir a segurança do produto, que responde por cerca de um quinto do faturamento da companhia.

Moderação no consumo

O fato é que há vários produtos que podem conter os tais ésteres como batatas fritas, biscoitos e bolo, de acordo com estudo realizado pela associação de consumidores italiana Altroconsumo. Para todos eles – nada saudáveis -, incluindo a Nutella, a recomendação é a mesma: moderação no consumo! 
nutella

Tais substâncias também são produzidas na refinação de outros óleos vegetais, como o de girassol. Por isso, podem aparecer também em alimentos como margarinas, produtos de pastelaria, fritos, aperitivos, entre outros. Porém, segundo a EFSA, níveis mais elevados foram encontrados no óleo e gorduras de palma.
 
A saúde exige prudência na ingestão de alimentos ricos em gorduras, em particular saturadas, como o óleo de palma. Bolachas, biscoitos, bolos e batatas fritas, que podem incluir o ingrediente, entram nesta categoria. Consuma tais alimentos com moderação. As gorduras saturadas aumentam o risco de doenças cardiovasculares quando ingeridas em excesso e não devem fornecer mais de 10% da nossa energia diária.

Além do potencial risco para a saúde, a produção de óleo de palma implica devastar florestas tropicais para plantar palmeiras. Põe ainda em causa a manutenção de espécies animais e vegetais e o próprio modo de vida de populações nativas. A PROTESTE está de olho!
 

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