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Consumir carne moída crua é um perigo

30 out 2003
Quem come carne crua, como o famoso quibe cru, deve tomar cuidado. A PRO TESTE – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor foi a supermercados, hipermercados e açougues de São Paulo e comprou 20 amostras de carne moída (seis moídas na hora, seis pré-moídas vendidas a granel e oito também previamente moídas, mas já embaladas) para testar no laboratório a qualidade desse produto. E o resultado final não foi nada bom. Nove amostras estavam contaminadas pelo microrganismo Listeria monocytogenes. Esta bactéria, apesar de ser destruída pelo calor do cozimento, se ingerida pode causar danos à saúde, como febre, dores musculares ou diarréia, e até efeitos mais graves em pessoas com a imunidade deficiente. Este teste é a capa da revista PRO TESTE de novembro. Neste caso, a PRO TESTE não indicou “o melhor do teste” ou “a escolha certa” por não se tratar de um teste comparativo clássico.

Além de observar as condições higiênicas, a Pro Teste avaliou a temperatura, verificou se ocorre adição de outro tipo de carne e analisou se os dados essenciais para um alimento vendido, seja ele embalado ou a granel, estão presentes na etiqueta do produto. Foram encontrados vários problemas. Com exceção dos produtos comprados no Extra e no Cândia, as temperaturas das carnes estavam bem acima dos 4°C determinados pela legislação, o que mostra a falta de fiscalização. Na amostra do Carrefour havia resíduos de DNA de porco. Muitos estabelecimentos também não informam o tipo de carne usado (se é patinho, coxão mole, entre outros). Ainda foi constatado que algumas carnes se dizem light, fato não justificado e que só engana os consumidores.

A Proteste enviou os resultados do teste ao Ministério da Agricultura e ao Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça. Também solicitou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o aperfeiçoamento das normas que estipulam os parâmetros de qualidade e de fiscalização da carne moída.

Os estabelecimentos onde foram adquiridas as carnes avaliadas no teste, todos em São Paulo, foram: Açougue Alauche (Parque São Lucas), Açougue Banfrig (Parque São Lucas), Açougue Gabriela (Jardim Teresa), Barateiro (Saúde), Big (Ipiranga), Cândia (Freguesia do Ó), Carrefour (Limão), Casa de Carnes 11 de Julho (Vila Mariana), Compre Bem (Vila Prudente), Extra (Limão), Futurama (Pinheiros), Mercado de Carnes Ômega (Freguesia do Ó), Pão de Açúcar (Saúde), Pastorinho (Vila Mariana), Sonda (Parque da Moóca), Supermercado D'Avó (Vila Industrial) e Wal-Mart (Vila Prudente).

Clique no link, em informação relacionada, para ler o artigo completo publicado na revista (formato PDF).

A Proteste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor – foi fundada em julho de 2001, por iniciativa do IPEG – Instituto Pedra Grande de Preservação Ambiental de Atibaia (SP), constituído há 20 anos, e da Test-Achats, da Bélgica, associação membro da Euroconsumers que defende o consumidor na Europa. A Proteste edita uma publicação de nome homônimo, na qual são divulgados os resultados de testes comparativos que a entidade realiza com produtos e serviços.

Nota – É permitida a reprodução da reportagem sobre o teste de carnes moídas publicada na revista Pro Teste nº 20, com exceção da tabela de resultados, desde que a fonte e a data de publicação (Pro Teste, novembro de 2003) sejam citadas. É proibida sua utilização para fins publicitários ou comerciais. A divulgação na internet deverá conter um link para a página da Pro Teste (www.proteste.org.br) e só poderá estar disponível on-line durante um mês.