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PROTESTE mostra que requeijão e especialidade láctea não possuem muitas diferenças

01 ago 2005
As avaliações deixam claro que a denominação é a maior diferença entre os produtos.
Muitas vezes, aquele creme branco no copo que está nas gôndolas dos supermercados parece requeijão, mas pode não ser. Observando atentamente os rótulos, o consumidor pode encontrar, além do “requeijão”, a “especialidade láctea”. Por isso, a PRO TESTE fez um teste com dez requeijões (nove dos quais denominados “cremosos”), sete requeijões lights (seis “cremosos”), oito especialidades lácteas e cinco especialidades lácteas lights. No final percebeu-se que, na prática, não há muitas diferenças entre o requeijão e a especialidade láctea. O destaque negativo foram as temperaturas altas nos refrigeradores dos mercados e as falhas na legislação. O resultado desta avaliação está na PRO TESTE de agosto (nº 39).

Inicialmente, como sempre ocorre em testes com alimentos perecíveis, mediu-se a temperatura dos produtos no momento da compra. Houve problemas nos testes anteriores, e neste não foi diferente. Mais uma vez, todas as temperaturas foram consideradas ruins (entre 9,0 e 14,9 graus) . Temperaturas acima de 5ºC não são as mais adequadas para este tipo de produto. No Big do Morumbi, em São Paulo, as gôndolas não apresentaram um indicador de temperaturas visível. Nos demais supermercados, a temperatura indicada muitas vezes era bem diferente da medida no produto.

Nas outras avaliações houve alguns problemas na rotulagem e poucas diferenças na degustação. A denominação “especialidade láctea com requeijão” está sempre colocada em letras miúdas, sendo que a Reke SulMinas e a Mais por Menos nem a informavam no rótulo. Já os degustadores não perceberam muitas variações de sabor entre os produtos normais e os lights , além de quase não notarem diferenças entre o requeijão e a especialidade láctea.

No final, a marca Big recebeu os títulos de o melhor do teste e a escolha certa (melhor relação qualidade/preço) para os requeijões cremosos (como o Big só pode ser encontrado no hipermercado de mesmo nome, a PROTESTE indica, como alternativa, o Roseli ). Para os lights , o Itambé foi o melhor do teste, enquanto CompreBem e Elegê foram a escolha certa . Nas especialidades lácteas, tanto a normal como a light tiveram o Poços de Caldas como o melhor do teste. No entanto, a escolha certa da versão normal foi o Leco e a da light , a Paulista.

Está em vigor uma norma do Mercosul que define a identidade e a qualidade do requeijão, mas muitas falhas deveriam ser corrigidas. A norma não estabelece limites para diversos microrganismos, alguns com riscos de causar doenças e outros que podem degradar o produto. Outro problema é a temperatura indicada para armazenamento dos requeijões. O ideal seria entre 0 e 5ºC, mas são recomendados 10ºC, o que deve ser imediatamente alterado para não expor os alimentos a condições inadequadas. No entanto, a questão mais séria é que não há qualquer regulamento de padrão de identidade para as especialidades lácteas.

Marcas avaliadas – Big, Catupiry, CompreBem, Danúbio, Elegê, Extra, Itambé, Leco, Mais por Menos, Nestlé, Pão de Açúcar, Paulista, Poços de Caldas, Polenghi, Reke SulMinas, Roseli, Tirolez e Vigor.

Locais de aquisição – Em São Paulo: Big (Morumbi), Carrefour (Interlagos e Pinheiros), CompreBem (Rego Freitas), Extra (João Dias, Morumbi e Taboão da Serra), Futurama (Santa Cecília e Santo Amaro), Hortifruti (Mirandópolis) e Pão de Açúcar (Higienópolis); no Rio de Janeiro: Pão de Açúcar (Barra) e Wal-Mart (Engenho de Dentro).