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PROTESTE recomenda muito cuidado antes de comprar farinha láctea

06 jun 2005
Da compra ao preparo, as rotulagens dos produtos induzem os pais ao erro. A PROTESTE fez um teste com 13 marcas de farinhas lácteas para bebês e crianças. O objetivo da avaliação era verificar a qualidade, a adequação nutricional e a rotulagem dos produtos. No final, seis foram eliminadas porque a rotulagem induz as mães a preparar um alimento que pode comprometer a saúde de seus filhos. O resultado completo desta avaliação está na PRO TESTE de junho (n º 37).

Para começar, a informação que define a idade para qual o produto se destina, quando presente nos rótulos, está normalmente em letras miúdas e não é fácil de ler. Somente três marcas indicavam as idades das crianças para as quais eram recomendadas, e apenas uma delas (a Gerber) as colocava na frente da embalagem. Como as necessidades nutricionais são muito diferentes para cada faixa etária, o perigo é a utilização inadequada de produtos que se destinam a crianças mais velhas e que podem ser usados na alimentação do bebê.

O teste também mostrou que as mães podem estar oferecendo uma quantidade exagerada de proteína e gordura para seus filhos. Os rótulos das seis farinhas lácteas que indicam, em suas tabelas de informações nutricionais, suprir as necessidades de nutrientes de crianças entre 6 meses e 3 anos estão errados. Eles induzem as mães a preparar um alimento com excesso de proteínas e gorduras saturadas, o que pode colocar em risco a saúde dos bebês. Por isso, esses produtos (Bompreço, Carrefour, Great Value, Nutrifoods, Nutrimental e Sabor da Manhã) foram eliminados do teste.

Outro item problemático foi o sódio. Não há valores de referência para a ingestão diária de sódio numa dieta de crianças acima de cinco anos. A Anvisa só possui uma norma para crianças até esta idade. Com a omissão desses dados, desde cedo, o paladar pode ser habituado ao sabor salgado. E pior: três produtos para crianças até três anos foram eliminados porque indicam conter sódio demais em seu rótulo.

Na verdade, o maior erro por parte da Anvisa em relação às farinhas lácteas é o de não estipular uma legislação adequada para os produtos voltados para as crianças maiores de três anos. Muitos produtos podem fugir de normas importantes, como a que proíbe propaganda com foto de crianças, ao oferecer fórmulas para faixas etárias superiores.

Devido a todos os problemas encontrados e aos riscos que muitas crianças correm, a PROTESTE notificou a Anvisa. Solicitou que ela retire os produtos do mercado para que os rótulos sejam adequados. A PROTESTE não é contra o consumo da farinha láctea, desde que seu uso não seja um hábito e que ela seja oferecida em porções menores. Porém, quase todas as marcas foram eliminadas ou receberam uma avaliação muito baixa quando se considerava a faixa etária para a qual elas se destinavam. Somente para as crianças entre quatro e seis anos é que houve o melhor do teste e a escolha certa, que foi a Nutriton, a única marca com as informações nutricionais corretas.

Marcas avaliadas – Big, Bompreço, Carrefour, CompreBem, Extra, Gerber, Great Value, Nestlé, Nutriday, Nutrifoods, Nutrimental, Nutriton e Sabor da Manhã.