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Riscos das chapinhas de cabelo
29 abr 2010Em menos de um ano Pernambuco registrou duas mortes de jovens por acidente de consumo durante uso de chapinha para alisar o cabelo. O último caso ocorreu dia 28 de abril, quando Thais Delponde Oliveira , de 21 anos, morreu em Petrolina, Pernambuco, vítima de choque elétrico causado por uma prancha para alisar cabelo. A PROTESTE tem alertado para a falta de segurança desses produtos, que têm sido eliminados nos testes feitos pela Associação.
A última análise da PROTESTE foi divulgada em abril do ano passado. A falta de segurança elétrica e térmica eliminou cinco de seis chapinhas testadas, por acarretar risco aos consumidores. Apesar de notificação às autoridades nada foi feito. Os aparelhos perigosos continuam no mercado.
Em agosto do ano passado, a vítima foi uma garota de 12 anos ao utilizar uma chapinha de cabelo em Paulista, na região metropolitana do Recife. Depois de tomar banho, ainda molhada, ela pegou o equipamento e acabou eletrocutada.
A Proteste não tomou conhecimento da marca do produto utilizado pela jovem que foi vítima desta vez, e aguarda mais informações para avaliar se configura-se acidente de consumo, aquele em que apesar do produto ser usado de forma adequada, provoca danos a saúde e segurança do consumidor por apresentar defeito. Os casos incluem intoxicação ou contaminação causadas por alimento, remédios e produtos de higiene, além de choques com eletrodomésticos, acidentes com veículos defeituosos, entre outros.
Estes casos exemplificam a falta que faz um cadastro de acidentes de consumo pelo qual a PROTESTE se mobiliza. A Associação de Consumidores e a Associação Médica Brasileira (AMB) têm feito trabalho conjunto para conscientizar a sociedade, e sensibilizar o Congresso Nacional a criar um sistema nacional de notificação de acidentes de consumo (Sinac).
Na Câmara Federal está em tramitação projeto que obriga a criação de um cadastro dos acidentes desses acidentes. O objetivo é mapear as principais causas geradoras de acidentes de consumo e orientar os consumidores e as empresas na adequação e no uso de produtos e serviços para reduzir a incidência desses acidentes.
Em algumas cidades (como Campinas e São Paulo) já estão sendo feitas leis para obrigar os hospitais a notificarem tais acidentes o que agilizaria para exigir dos fornecedores medidas para aperfeiçoar os produtos com defeitos e evitar novas ocorrências.