Fusão de aéreas põe fim a duopólio

A fusão das companhias aéreas Azul e Trip que atuam em voos regionais anunciada na segunda-feira (28) aumenta a concorrência numa área em que o consumidor está submetido ao duopólio da TAM e Gol.

A PROTESTE Associação de Consumidores avalia que é importante ficar de olho nas mudanças no cenário da aviação para que se garanta que o consumidor não perca em preço e qualidade dos serviços oferecidos. E orienta ficar atento aos preços atuais praticados, para poder ter base na comparação de preços.

Por ora é prematuro avaliar se esta fusão será boa ou ruim para o consumidor. Tudo dependerá de como atuará a nova empresa aérea. E será fundamental a atuação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para avaliar adequadamente as condições da fusão e fiscalizar o mercado para que não haja abusos com encarecimento das passagens. Caso haja abuso no reajuste de preços, o consumidor deve denunciar aos órgãos de defesa do consumidor.

Terceira maior companhia aérea do Brasil, a Azul diminuirá a distância que a separa das duas líderes do mercado doméstico de aviação, TAM e a Gol. Com a união, a nova empresa, Azul Trip SA passará a deter cerca de 14,23% de participação nos voos domésticos, contra 38% da TAM e 34,4% da Gol, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) relativos ao mês de abril.

A Azul Trip AS vai contar com uma frota de 112 aeronaves, das quais 62 jatos Embraer e 50 turboélices ATR. Até o fim do ano as duas empresas terão 120 aviões. Juntas, operarão 840 voos diários em 234 rotas, interligando 96 cidades brasileiras.

Até a aprovação da transação pelo Cade e da Anac, a Azul e a Trip, assim como suas respectivas divisões de carga, Trip Cargo e Azul Cargo, continuarão operando independentemente suas frotas, cada uma com sua marca.