Poupança mais competitiva com Selic a 8%

Com a queda da taxa básica de juros (Selic) para 8% ao ano, definida dia 11 de julho, a poupança ganha força frente aos fundos conservadores como os DI e Renda Fixa. Mesmo com a mudança de regras de remuneração da poupança os fundos sofrem mais influência direta da variação da taxa do que a caderneta. Sem as devidas modificações nas taxas de administração e até mesmo na tributação que incide sobre os fundos, esta situação deve permanecer.

Agora fundos DI com taxa de administração maior que 0,6% ao ano, e fundos de Renda Fixa com taxa de administração maior que 2,7%, correm grandes riscos de perder para a poupança. Apesar das regras já terem mudado há mais de dois meses, e a Selic já ter tido dois cortes desde então, até junho somente 12 fundos, entre os DI e Renda Fixa, tinham baixado as taxas, isso dentro de um universo de mais de 1500 fundos.

Na avaliação da PROTESTE Associação de Consumidores, somente o pequeno investidor foi prejudicado, pois os administradores de fundos não reduziram suas remunerações e não baixaram as taxas de administração. Vale lembrar que o mercado já aponta uma projeção da taxa Selic de 6,5% ao ano até o final de 2012.  Nesse cenário a poupança vai continuar soberana entre as aplicações conservadoras em relação ao risco.

Com o oitavo corte consecutivo na taxa básica de juros o Brasil, com 2,3% de juro real passa para a terceira posição entre os países que tem os maiores juros, perdendo para China (3,7%) e Rússia (3,5%).