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Tarifa sobe após corte de juro por bancos

17 mai 2012
Custo pode não compensar a redução das taxas de empréstimos.

Os bancos privados criaram novos pacotes e subiram algumas das tarifas de serviços mais usados pelos consumidores após anunciar as reduções nas taxas de juros para empréstimos. A diferença de tarifa mensal no empréstimo pode dar um valor expressivo, em alguns casos até tornar o empréstimo mais caro do que nas condições anteriores.

Para se beneficiar de financiamento a taxas menores o consumidor tem que arcar com tarifas mais altas do que pagava anteriormente. A avaliação da PROTESTE Associação de Consumidores é que a economia obtida com a redução dos juros pode até ser anulada pelo aumento das tarifas praticadas nas instituições.

Por exemplo, um consumidor interessado em emprestar 800 reais com a nova taxa oferecida pelo Banco do Brasil, (3,94%) pagaria 35 reais a mais pela contratação do empréstimo. Isto porque ao aderir ao pacote “Bom Pra Todos Especial” teria uma economia de 89 reais de juros, em relação à taxa antiga (5,79%), mas teria que arcar com uma tarifa maior.

Os consumidores devem acompanhar, por meio de extratos, os valores que estão sendo cobrados pelos serviços utilizados e acima de tudo, saber se realmente os utilizam. A PROTESTE orienta a negociar com o banco a contratação de um pacote adequado ao perfil de uso para que a alta das tarifas pese menos no orçamento.

No Banco do Brasil e Itaú, por exemplo, foram criados alguns novos pacotes de serviços e, para que o cliente tenha acesso às novas taxas, é preciso aderir a um deles para conta corrente. Tais pacotes de serviços têm serviços muito parecidos com os que já eram oferecidos pelos bancos, mas com um preço maior.

No “Bom pra Todos” do Banco do Brasil para ter acesso a taxas como 3,94% ao mês para cheque especial e crédito pessoal é preciso aderir ao pacote de serviços do programa. Os novos pacotes chegam a ser 52% mais caros do que os antigos como no caso do “Bom Pra Todos Especial” em que o custo mensal passou a ser de 30 reais, enquanto um pacote bastante semelhante tinha o custo de 19,70 reais mensais anteriormente. Em um ano o consumidor pagará 124 reais a mais com as tarifas. A justificativa do banco para os preços superiores é que no novo pacote os clientes contam com assessoria financeira.

No Itaú também foi criada uma nova modalidade de pacotes de serviços é o Maxi Conta Portabilidade do Salário. Nesse caso para poder utilizar as taxas de juros mais baixas, além de transferir o recebimento do salário para o banco é preciso estar disposto a pagar taxas até 56,5% maiores.

É o caso da “Maxi Conta Portabilidade do Salário Simples” em que a tarifa mensal é de 28,00 reais, enquanto a tarifa tradicional para o mesmo pacote de serviços é de 17,90 reais.  A diferença entre as duas tarifas em um ano é de 122 reais. Outro banco em que o aumento da tarifa foi bastante significativo foi o Bradesco, com acréscimo de 19% no custo mensal dos pacotes de Serviços.

Os aumentos nas tarifas cobradas podem diminuir muito o benefício com a redução das taxas de juros praticadas. Os bancos condicionam a oferta dos juros menores no crédito à adesão a um pacote com tarifas mais elevadas.

Levantamento feito pela Folha de S. Paulo, com dados do Banco Central comparando dados de 2 de abril e de 14 deste mês, após os cortes nos juros, mostra que as tarifas cobradas para saques de conta-corrente e poupança (feitos no guichê além do mínimo permitido gratuitamente) subiram 11,88%.

Os extratos mensais feitos no caixa ou por outras formas de atendimento pessoal tiveram alta de 14,21%, na média.

A tarifa que mais aumentou foi a cobrada para venda de cheque de viagem ou emissão de cartão pré-pago em moeda estrangeira. O valor dobrou: passou de R$ 21,2 para R$ 42,67.