A partir de Proteste Gostaríamos de informar que o nosso website utiliza os seus próprios e Cookies de Terceiros para medir e analisar a navegação dos nossos usuários, a fim de fornecer produtos e serviços de seu interesse. Ao utilizar o nosso website você aceita desta Política e consentimento para o uso de cookies. Você pode alterar as configurações ou obter mais informações em aqui.

Latin NCAP identifica mais segurança veicular nos modelos fabricados no Brasil

19 mar 2013
Um dos automóveis testados, HB20 precisa, contudo, aumentar a segurança dos menores.

O Programa de Avaliação de Carros Novos da América Latina (Latin NCAP) divulgou hoje resultados de testes de colisão feitos com dois carros fabricados no Brasil: Ford EcoSport e HB20 Hyundai. Os testes demonstram que houve progresso, e que mais carros latino-americanos têm obtido classificação de segurança quatro estrelas. Com esses resultados, encerra-se a terceira fase do Latin NCAP, do qual a PROTESTE Associação de Consumidores foi impulsionadora e é parceira.

O EcoSport Ford obteve 4 estrelas na avaliação quanto a proteção de adultos, e 3 na das crianças. O hatchback HB20 da Hyundai, por sua vez, ficou com 3 estrelas na segurança de adultos e somente 1 na proteção de crianças.

Quanto mais seguro o carro, mais estrelas ele recebe. Os modelos foram avaliados em número de estrelas, que vão de cinco, para segurança ideal para aos ocupantes, a zero, para os mais inseguros.

Nestas avaliações, cada automóvel é submetido a uma colisão frontal a 64 km/h contra um obstáculo deformável, que simula outro carro. O programa já testou, nos últimos três anos, 28 modelos, incluindo a maioria dos carros mais vendidos na região.

Ficou evidente, na fase-piloto do Latin NCAP, que poderia haver veículos mais seguros na América Latina. O programa espera cooperar tanto quanto possível com os consumidores, governos e fabricantes para que os veículos se tornem mais seguros e acessíveis para a região no curto prazo.

Para a proteção dos ocupantes, um bom carro deve satisfazer a duas condições: em colisão, a estrutura não pode entrar em colapso; e deve contar com um absorvedor metálico, em aço ou alumínio, que evita a deformação das longarinas (peças estruturais atrás do para-choque), conhecido como crash box. O HB20 revelou uma estrutura estável durante o ensaio, o que é desejável. No entanto, os seus sistemas de retenção não funcionaram adequadamente.

A segurança das crianças deve ser melhorada, pois um dos sistemas de retenção quebrou devido a cargas elevadas no cinto de segurança do carro. O manequim de 3 anos se chocou, então, contra o encosto do banco da frente. Também o de um ano e meio, sentado em frente, foi exposto a elevadas desacelerações. Ambas as situações explicam a baixa pontuação.

A fixação das cadeirinhas infantis com o sistema de retenção Isofix desempenha um papel significativo na redução de erros de instalação e melhorou o desempenho dinâmico em alguns casos. Foi o que se comprovou no veículo da Ford. O Latin NCAP recomenda e incentiva todos os governos da região a adotar o sistema em seus mercados, por meio do Regulamento R44 da ONU.

Por outro lado, a apresentação de uma estrutura estável não é tudo, quando os sistemas de retenção (airbag, cintos de segurança, pré-tensores, etc) não podem fornecer proteção adequada para desacelerações elevadas. Uma boa proteção é alcançada por carros que podem equilibrar um comportamento estável estrutural e encostos de sistemas que protegem adequadamente os ocupantes do veículo.

Para o Latin NCAP, os consumidores devem exigir que os fabricantes adotem, ou que lhes sejam impostas, as recomendações das Nações Unidas em relação aos padrões dos testes de colisão (regulamentos R94 e R95). Dessa forma, haverá mais proteção a todos os envolvidos no trânsito, e os consumidores terão oportunidade de escolher seus carros segundo as avaliações de segurança dos testes de colisão efetuados pelo Latin NCAP.