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Saúde

Os riscos do colar de âmbar para aliviar dores de bebês

21 out 2014
Não há comprovação científica de sua eficácia e a criança pode se asfixiar caso engula partes do colar ou ser estrangulada ao dormir.
Os colares de âmbar para bebês estão se tornando moda no Brasil, sob o pretexto de diminuírem o desconforto do nascimento dos primeiros dentes, mas a PROTESTE Associação de Consumidores desaconselha o uso e recomenda não utilizar nenhum tipo de colar ou cordão em bebês.


A entidade alerta para perigos potenciais de estrangulamento e sufocamento. O colar pode apertar o pescoço da criança, especialmente enquanto ela dorme. E se o colar quebrar, pode sufocar se a criança mastigá-lo. Podem ser liberados pequenos grânulos, com risco de ficar presos na garganta da criança.

Não há comprovação científica sobre o efeito do âmbar (uma gema de origem orgânica formada a partir de uma resina produzida por uma planta), sobre o desconforto dos bebês. É possível que muitas mães que observam melhoras em seus bebês se beneficiem do chamado “efeito placebo”. A expectativa de melhora e a redução da ansiedade ao se por o colar no bebê faz com que pareça exercer algum efeito.

Há ainda a dificuldade de se reconhecer o colar com âmbar verdadeiro. Colares falsos de plástico ou vidro se fragmentam com mais facilidade e ainda podem causar alergias (no caso do plástico).

O mecanismo de ação mais citado por quem defende o uso do colar é que as contas de âmbar, quando aquecidas pelo calor do corpo, liberam pequenas quantidades de ácido succínico, que passa trans-dermicamente para a corrente sanguínea, atuando, então, como um analgésico. No bebê, o uso constante do colar ajudaria a reduzir os sintomas mais comuns relacionados com a dentição, tais como: vermelhidão nas bochechas, gengivas inchadas e febre. 

Apesar do âmbar do Báltico conter ácido succínico, não há evidências de que esta substância tenha efeitos analgésicos em qualquer dose, muito menos em quantidades minúsculas que poderiam concebivelmente entrar no corpo através da pele. E, apesar de ser uma substância segura (é utilizada como aditivo em alimentos), o ácido succínico é classificado como levemente irritante para a pele. Além disso, não há nenhuma evidência de que ele seja liberado a partir do contato com o âmbar ou que, aquecê-lo à temperatura do corpo, facilitaria tal processo.