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Transporte

Pesquisa da PROTESTE mostra que ciclistas descuidam da segurança

30 jul 2014
Para 77% dos brasileiros, os ciclistas deveriam ser multados em caso de direção perigosa.
Pesquisa sobre o comportamento dos ciclistas realizada pela PROTESTE Associação de Consumidores em sete cidades brasileiras aponta imprudência que pode ser desastrosa. Segundo os entrevistados, 56% já sofreram acidentes na cidade de Salvador; 55%, em Curitiba; 52%, em Brasília; outros 52%, em São Paulo; 51%, no Rio de Janeiro; e 37%, em Porto Alegre. Mas a maioria (75%) sofreu machucados leves ou de média gravidade. Mas 13% se feriram gravemente.


Entre os 1.857 pesquisados, 21% afirmaram avançar sinais de trânsito e 10% não respeitam outras regras de trânsito – como, por exemplo, trafegar na mesma mão dos carros.

O uso de acessórios de segurança não é vista como prioritária: 27% dos brasileiros confessaram que nunca usam capacete. E 20% revelaram que nunca usam refletores ou sinais luminosos (como colete ou adesivos) ao pedalar à noite. E 41% não têm buzina em suas bicicletas.

Por outro lado, os resultados do levantamento mostram que há muitos ciclistas interessados em mudar de atitude: 96% dos entrevistados acham que sinais luminosos dianteiro e traseiro deveriam ser obrigatórios no período noturno (só que, de acordo com as normas de trânsito, eles já são – mas muita gente não os usa). 

E na opinião de 82% deles, também deveria ser obrigatória a utilização de gestos e sinais durante a condução do ciclista em ruas e estradas. Embora, há muito tempo, já existam leis de trânsito para quem se locomove de bicicleta, poucos as seguem.

Por isso, 77% dos brasileiros afirmam que os ciclistas deveriam ser multados em caso de direção perigosa em vias públicas. E, para começar, quem anda de bicicleta deve adotar acessórios de segurança. Isso sem contar a necessidade de respeitar as regras de trânsito e não sair por aí pedalando como um louco. As atitudes conscientes sobre uma bicicleta farão toda a diferença para baixar as tristes estatísticas de acidentes. 

Para o levantamento, realizado entre novembro e dezembro de 2013, foram enviados questionários online para associados e não associados de sete cidades brasileiras: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Foram questionados sobre o grau de satisfação com as ciclovias, seus hábitos enquanto pedalam e os cuidados que têm com suas bicicletas. 

No Brasil, 82% das pessoas têm pelo menos uma bicicleta em casa. E, entre os entrevistados, 27% pedalam de duas a quatro vezes por semana e 14% de cinco a sete vezes. 

Os capacetes para ciclistas não são obrigatórios, de acordo com o Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Mas ele é recomendável como item de segurança, sobretudo para os iniciantes, protegendo a cabeça em caso de queda e diminuindo as chances de traumatismo craniano.

Para evitar acidentes, também é preciso manter a bicicleta em bom estado. Para 68% dos entrevistados, assim como carros, motos e caminhões, as bicicletas deveriam ter o mínimo de manutenção e condição para transitar pelas ruas e estradas, podendo ser recolhidas em caso de má conservação. 

Entre os principais defeitos que os brasileiros relataram já ter enfrentado, estão problemas com freios (24%), pedais, correntes e rodas dentadas (23%), rodas e pneus (23%) e sistema de engrenagem (22%).

A sinalização noturna na lateral colocada nas rodas e nos pedais também é uma exigência do Contran. Pela lei, os fabricantes já devem colocar nas lojas produtos com esses acessórios. Mas se o modelo for antigo (ou se estiver mal conservado), pode não ter. Nesse caso, o cliclista precisa providenciar.

Para pedalar com consciência é preciso seguir algumas dicas, como não ultrapassar veículos pela direita; não andar pela contramão, nem mesmo se estiver na ciclofaixa; não andar entre veículos e não pegar rabeira de caminhão.