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Serviços Financeiros

Apesar das dificuldades, brasileiro está mais confiante com melhoria da situação do País

21 set 2016

PROTESTE repetiu pesquisa sobre percepção dos brasileiros sobre a crise econômica.

O brasileiro se sente mais confiante em relação a melhoria da situação econômica do país e de sua família em comparação com o ano passado, embora ainda tenha dificuldade em arcar com despesas diárias importantes como saúde (plano de saúde, consultas médicas e remédios), supermercado e educação. Foi o que constatou pesquisa da PROTESTE Associação de Consumidores sobre a percepção da crise pelo brasileiro.

Confiança do consumidor

Em relação a 2015 houve uma melhora da confiança do consumidor em relação a uma expectativa de melhoria da situação financeira da sua família para os próximos 12 meses. Ao atribuírem uma nota (onde o máximo era 100 pontos), a média foi 51,9 contra 40 da pesquisa do ano passado.

Participaram da pesquisa 1259 pessoas, que responderam os questionários entre os dias 11 e 31 de agosto de 2016. As respostas foram ponderadas de forma a manter a proporcionalidade da população brasileira no que diz respeito às variáveis de sexo, idade, região e nível educacional.

Quanto a expectativa de melhoria da situação do país nos próximos 12 meses, também observou-se uma melhora. A média das notas da pesquisa deste ano foi de 43,7, contra 29 da pesquisa de 2015. Ainda assim, a expectativa de melhoria da situação da família é superior a do país, assim como ocorreu na pesquisa do ano passado.

Mas a PROTESTE destaca que as pessoas que sempre poupam são mais otimistas em relação a expectativa de melhor da situação da família, a média deles é de 60. Já entre os quem nunca poupam a média da nota é inferior, 45.

Quando perguntados em o quanto acreditam que seu núcleo familiar esteja de fato preparado para enfrentar uma crise econômica grave, a média das notas da pesquisa foi 48,9. O que demonstra uma insegurança das famílias em relação a lidar com uma grave crise econômica.

Em relação à pesquisa passada as pessoas se mostram menos pessimistas em relação às expectativas de poder de compra para os próximos 12 meses. Ainda assim, a maioria das pessoas (67,70%) ainda acredita que o poder de compra será menor nos próximos 12 meses. Era 85% dos entrevistados em 2015.

Aumentou em relação ao ano passado, a proporção das pessoas que tem alguém dentro de seu núcleo familiar que tenham perdido o emprego nos últimos 12 meses. Em 2015 esse número era 55,6%, e em 2016 subiu para 67,4%.

Comparativo da situação financeira

Quando perguntados sobre a sua situação financeira em relação aos últimos 12 meses, as pesquisas de 2015 e 2016 tiveram resultados similares. A grande maioria a considera menos confortável do que costumava ser em relação a um ano antes, 53,1% consideram muito menos confortável e 28,7% de alguma forma menos confortável (em 2015 esses números eram 52,3% e 30,4%, respectivamente). Ou seja, 81,8% acreditam que a situação financeira de sua família está menos confortável do que a um ano atrás.

Julgamento sobre a gravidade da crise

Em relação à pesquisa do ano passado, mais pessoas responderam que a crise é de alta gravidade, 72,1% em 2016 contra 61,4% em 2015. Entre os respondentes que alegaram não considerar que o país está passando por uma crise, os números de 2015 e 2016 se mantiveram, apenas 3,8% e 3,9%, respectivamente.

Despesas diárias

Entre os itens que os brasileiros mais citaram como "muito difícil" ou "impossível" de pagar se destacaram gastos com férias (67,5%), plano de saúde (60,4%), e produtos tecnológicos (60%), como smartphones, computadores, etc. Entre os itens considerados de primeira necessidade, os mais citados foram: plano de saúde (60,4%), remédios (53,7%), e consultas médicas (48,1%), o que mostra bem como os gastos com saúde estão muito onerosos para os brasileiros. Em 2015, os itens mais citados foram: plano de saúde (59%); energia elétrica (58,5%) e férias (55,4%).

Em relação à pesquisa de 2015, entre os itens de primeira necessidade, supermercado e gastos com educação em geral (escola dos filhos, faculdade e cursos) foram os que tiveram maior crescimento ao serem citados como muito difíceis ou impossíveis de pagar na pesquisa de 2016. Entre os itens mais supérfluos, os mais citados como muito difíceis ou impossíveis de pagar foram: entretenimento, férias, estética e cuidados pessoais, produtos tecnológicos e TV a cabo.

Serviços essenciais

Questionados exclusivamente em 2016 se os respondentes deixaram de ter acesso a algum serviço essencial nos últimos 12 meses por falta de pagamento, 33,9% informou não ter acesso a serviços de telecomunicações, 8,9% a de energia elétrica, e 4,2% a água.

Gestão do orçamento doméstico

Em geral a maioria das pessoas respondeu ser organizada, só comprar quando pode, que prefere poupar do que usar o cartão de crédito, tem pouca dificuldade para fazer orçamento doméstico.

Entretanto, 56,4% concordaram parcialmente ou totalmente que as dificuldades financeiras dos últimos meses tem causado tensões com o cônjuge e filhos, e 61,3% concordaram parcialmente ou totalmente que tem sofrido sintomas físicos por causa das dificuldades financeiras.

Poupança

Diminuiu a proporção de pessoas que alegaram não ter conseguido poupar uma única vez no ano. Entretanto, apesar de afirmarem conseguir se organizar bem financeiramente, e poupar ao invés de usar o cartão, 39% dos entrevistados alegaram nunca ter conseguido, nos últimos 12 meses, guardar algum dinheiro no final do mês, e 29,1% guardou apenas 1 ou 2 vezes ao ano.

Entre as principais razões que as pessoas responderam para não conseguirem guardar dinheiro nesse período destacam-se: despesas imprevistas/extraordinárias (60%); queda do rendimento do núcleo familiar (48,2%); o custo de vida ter aumentado (38,3%); dívidas (35,1%).

Entre os que responderam nunca terem conseguido juntar dinheiro nos últimos 12 meses, 35% responderam utilizar o cartão de crédito com maior frequência no mesmo período, proporção superior aos entrevistados em geral, que foi de 25,6%.

Crédito

Comparando com os dados da pesquisa de 2015, percebe-se que os brasileiros tem utilizado com pouco menos frequência as linhas de crédito disponíveis. Porém, 25,6% ainda responderam estarem usando o cartão de crédito com maior frequência nos últimos 12 meses do que antes. Além disso, quando cruzados os dados das pessoas que estão utilizando ao mesmo tempo com maior frequência nos últimos 12 meses o cartão de crédito e o cheque especial, constatou-se que 9% das pessoas estão recorrendo à prática.

Além disso, entre as pessoas que responderam usar o cartão de crédito com maior frequência nos últimos 12 meses, a proporção de pessoas com menor expectativa poder de compra futura é mais alta (74%), e elas tem maior dificuldade para pagar as contas diárias, 72% alegaram ser muito difícil ou impossível tirar pagar por viagens e passeios de férias, 67% responderam ser muito difícil ou impossível comprar produtos tecnológicos e 63% disseram ser muito difícil ou impossível pagar o plano de saúde.