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Serviços Financeiros

Guia do Endividado é lançado pela PROTESTE para ajudar a equilibrar as contas

07 mar 2016
Publicação online faz partes das atividades em comemoração ao dia Mundial do consumidor e pode ser baixada gratuitamente.
A PROTESTE Associação de Consumidores, preocupada em ajudar o consumidor em dificuldades financeiras a adequar seu orçamento às dificuldades enfrentadas, está lançando o Guia do Endividado. A publicação online faz parte das atividades da Associação em comemoração ao Dia Mundial do Consumidor, celebrado em 15 de março. Ela traz dicas sobre portabilidade de dívidas, conta corrente, reserva para emergência, renegociação de dívida, seguro desemprego, cartão de crédito, dentre outras. 


O objetivo da publicação, que pode ser baixada no site da PROTESTE, é ajudar o consumidor a se livrar das dívidas e a viver de acordo com a renda. "Esse é um exercício diário, que exige disciplina e bom senso. Por exemplo, é melhor esperar um pouco mais para comprar à vista ou com melhores condições de pagamento", destaca Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da PROTESTE. Não há salário suficiente quando estouramos o orçamento.

O alerta do endividamento deve ser acionado quando tiver 30% do seu orçamento comprometido com dívidas. Para saber quanto do seu orçamento está comprometido, some todas as parcelas de financiamentos que paga, incluindo as compras parceladas em lojas (mesmo que não incidam juros sobre elas). 

Um comprometimento de 30% ou um pouco mais já é preocupante, mas o consumidor tem todas as condições de reverter o quadro. Bastará dar preferência à quitação das dívidas, abrir mão de alguns gastos pessoais, de lazer e fazer pequenas economias em casa que a situação melhorará muito. 

Quando o endividamento passar de 50% é preciso mudar o estilo de vida para reverter a situação. Podem ser necessárias medidas como trocar o carro por um modelo mais barato e econômico, suspender a TV por assinatura, trocar marcas de produtos mais caras por mais baratas. Qualquer renda extra como 13º salário, adicional de férias e eventual restituição do Imposto de Renda, deve ser utilizada para quitação ou amortização das dívidas. 

Já o superendividado é aquele que tem 100% ou mais de sua renda comprometida com dívidas. Mudanças radicais devem ser feitas para se alcançar o equilíbrio financeiro, como morar em um lugar mais barato, mudar os filhos de escola (talvez da particular para a pública), vender o carro, dispensar a empregada ou a diarista. Infelizmente, às vezes, o consumidor chega a essa situação por desatenção ou compulsão consumista, e tem de fazer mudanças que afetam diretamente sua qualidade de vida.

Renegociação de dívida

A renegociação da dívida é uma alternativa para evitar ou sair da inadimplência. O débito pode ser renegociado com ampliação dos prazos de pagamento e redução das taxas de juros e encargos. Entre em contato com o fornecedor, seja claro e objetivo, reconhecendo que está em dificuldades financeiras e pretende renegociar o débito. 

Tente ajustar as condições, de tal forma que viabilize a retomada dos pagamentos. Marque uma hora para assinar um contrato de renegociação da dívida, que deve ser feito por escrito e com assinatura de duas testemunhas. Evite a renegociação por telefone, mas, se não houver outro jeito, peça o número de atendimento e do registro da renegociação (que a identifique no cadastro do credor), anote o nome do atendente, dia, hora e solicite o envio do documento, para validar o ajuste no contrato. 

Em muitos casos, o credor considera aquele crédito como perdido, principalmente se o devedor não tiver bens em seu nome que possam ser leiloados na Justiça para saldar a dívida. Por essa razão, a moeda de troca será: posso pagar um valor determinado, sob novas condições, em lugar de não pagar nada. 

Não deixe de cumprir os novos prazos renegociados, pois os juros cobrados por atraso da parcela ajustada podem ser ainda mais elevados. Também há a possibilidade de que a dívida seja cobrada de uma só vez e na Justiça, com risco de perda de bens. 

Se o nome do devedor já estiver no SPC ou qualquer outro órgão de restrição ao crédito dificilmente lhe será concedido novo empréstimo, exceto em financeiras, que não são recomendadas devido às altíssimas taxas. O melhor seria somente negociar as dívidas com o credor. 

Prefira boletos ou carnês bancários a notas promissórias para novos pagamentos. Promissória pode ser protestada imediatamente e cobrada independentemente da dívida ou de qualquer obrigação, por ser um título de crédito. A cobrança judicial do credor é bem rápida. Cheques pré-datados também não são boa solução, pois podem ser endossados e repassados, o que não é muito seguro (se recorrer a essa forma de pagamento, descreva no verso sua finalidade).