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Alimentos

PROTESTE constata falhas nas condições higiênicas em comida de praia vendida por ambulantes

16 jan 2017

Fique alerta: alimentos avaliados apresentam condições favoráveis a proliferação de bactérias nocivas à saúde e pode estragar a sua diversão.

Para checar os riscos no consumo de alimentos vendidos por ambulantes nas praias, a PROTESTE Associação de Consumidores, comprou e encaminhou para análise da qualidade microbiológica 24 amostras de alimentos prontos para consumo vendidos nas praias do litoral brasileiro. As amostras foram coletadas em 5 praias, localizadas no Rio de Janeiro (Copacabana), São Paulo (Praia do Boqueirão e da Guilhermina), Espírito Santo (Praia da Costa), Bahia Flamengo ) e Pernambuco (Boa Viagem).

Das 24 amostras analisadas, 13 apresentavam micro-organismos, mas não foram encontradas desconformidades com a legislação, ou a presença de micro-organismos patogênicos (que fazem mal à saúde do consumidor ) e de contaminação fecal, o que as tornariam impróprias para o consumo. No entanto, foi detectada a presença de outros (mesófilos aeróbios e bolores e leveduras), que denotam condições favoráveis para o crescimento destas bactérias patogênicas, e que indicam má higiene no preparo. Como esses alimentos geralmente não são mantidos em temperatura adequada (no preparo e na comercialização) e são expostos ao Sol, consumir comida de praia de ambulantes pode estragar a diversão e acarretar problemas gastrointestinais.

Queijo coalho, espetinho de camarão, sanduíche natural, empada de frango e salada de frutas estão entre os alimentos analisados. Foram avaliados ainda dois tipos de bebida caseira: suco de fruta e mate, naturais.


Todas as amostras coletadas de sanduíche natural, salada de frutas e mate tinham micro-organismos acima do recomendado pela literatura, já que não há parâmetros previstos na legislação vigente.

Apesar de continuarem sendo comercializados, alguns desses produtos – como, por exemplo, o queijo coalho  –  tiveram a sua produção e cozimento proibidos nas areias das praias de algumas cidades, como Rio de Janeiro e Bahia.

 

As amostras foram compradas em outubro e novembro últimos, de vendedores ambulantes nas praias destes cinco estados brasileiros. Os pratos prontos para consumo foram coletados pelo laboratório e mantidos em condições ideais de conservação até o momento da chegada ao local das análises. A PROTESTE informa que esses resultados são qualitativos, ou seja, revelam a realidade constatada para um determinado momento, local e amostra.

 

No laboratório foram  avaliados parâmetros microbiológicos, para os seguintes grupos de micro-organismos: Coliformes totais, fecais e Escherichia coli, bolores e leveduras, Salmonella, Bacillus cereus, Estafilococos coagulase positiva,  Clostridium sulfito redutor, micro-organismos mesófilos aeróbios, Listeria monocytogenes. 

 

Confira o que foi encontrado

Praia Coletada

Micro-organismos encontrados acima do limite aceitável

Boa Viagem (PE)

Mesófilos aeróbios (espetinho de camarão e queijo coalho)

Mesófilos aeróbios e Bolores/Leveduras (sanduíche natural)

Praia do Flamengo (BA)

Mesófilos aeróbios (espetinho de camarão, queijo coalho e sanduíche natural)

Praia de Copacabana (RJ)

Mesófilos aeróbios e Bolores/Leveduras (espetinho de camarão);

Bolores/Leveduras (sanduíche natural e mate)

Praia da Costa (ES)

Mesófilos aeróbios (sanduíche natural);

Bolores/Leveduras (suco de fruta)

Praia do Boqueirão (SP)

Bolores/Leveduras (salada de frutas);

Praia da Guilhermina (SP)

Bolores/Leveduras (suco de frutas).