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Saúde

PROTESTE constata protetor solar facial com quase metade da proteção prometida

28 nov 2016
Uso do protetor é importante e o resultado do teste aponta opções de produtos adequados e de preços mais acessíveis no mercado

Metade dos protetores solares para o rosto testados pela PROTESTE Associação de Consumidores não tiveram o desempenho esperado, com proteção inferior a indicada na embalagem. O consumidor é prejudicado, pois paga o preço proporcional ao Fator de Proteção Solar (quanto mais alto o FPS, mais caro), não tem acesso à informação correta e está menos protegido dos efeitos dos raios solares.

Das dez marcas levadas ao laboratório para testar a eficácia não apresentaram o FPS que constam dos rótulos 5 produtos dos quais algumas marcas entraram na justiça e obtiveram liminar para suspender a divulgação . Uma delas tinha 42% a menos do que o indicado de fator de proteção solar (FPS). A metodologia indicada na norma da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite uma variação de até 17% em relação ao que é informado na embalagem.

Também foi avaliada a proteção UVA dos produtos, que desde 2012 são obrigados a cumprir uma nova exigência da Anvisa: a legislação brasileira determina que, nos filtros solares, a proteção UVA deve ser um terço do FPS. Ou seja: um protetor com FPS 60 precisa ter proteção UVA igual a 20, no mínimo. O protetor da marca que não podemos divulgar  por ora, mas que estamos recorrendo para garantir o direito à informação, foi considerado ruim por apresentar 26% do FPS rotulado ao invés dos 33% exigidos para UVA

Os raios UVA atingem as camadas mais profundas da pele. Eles são os principais responsáveis pelo envelhecimento precoce, bronzeamento (escurecimento), além de também contribuírem para o câncer de pele.

O FPS avalia a capacidade de os produtos filtrarem a radiação do tipo UVB, que atinge a camada mais superficial da pele, podendo causar vermelhidão, queimaduras e câncer de pele. O valor de FPS consiste na razão entre o tempo de exposição à radiação ultravioleta necessário para produzir vermelhidão na pele protegida pelo protetor solar e o tempo, para o mesmo efeito, com a pele desprotegida. Quando se usa um filtro solar com FPS 30, por exemplo, a mesma pele leva 30 vezes mais tempo para ficar vermelha. Por isso, saber o exato fator de proteção é fundamental, pois indica o quanto se está protegido contra a radiação UVB.

Foi a quarta vez que a PROTESTE fez teste com protetores solares (agora na versão para o rosto) tendo persistido o problema de discrepância entre o indicado nos rótulos e o que o laboratório constata de proteção oferecida. A PROTESTE solicita uma fiscalização mais adequada dos produtos comercializados para evitar estes reiterados descumprimentos.

Preocupada com os resultados do teste, a PROTESTE solicitou aos fabricantes dos produtos com FPS inferior ao indicado que corrijam a informação nos rótulos dos protetores solares. Também pediu à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça, que obrigue os fabricantes a fazer um recall desses protetores. Os fabricantes teriam que comunicar a quem os adquiriram, que o FPS é inferior ao informado no rótulo.

A PROTESTE orienta que o protetor solar faça parte do dia-a-dia, basta escolher os produtos adequados, pois além de proteger contra o envelhecimento precoce da pele, colabora para a prevenção de manchas e marcas de expressão causadas pela exposição excessiva ao sol, além de problemas mais sérios como o câncer de pele, que corresponde a 30% dos tumores malignos registrados no Brasil.