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Segurança

PROTESTE e Criança Segura constatam falta de segurança em brinquedos de praças e parques no Rio e SP

10 out 2016

Entidades cobram brinquedos mais seguros e manutenção frequente para redução do risco de acidentes com as crianças nesses ambientes.

Aproveitar o Dia das Crianças para levar os pequenos para brincar, gastar energia e interagir com outras nos parques e praças da cidade requer cuidados por parte dos pais. Os parquinhos desses locais públicos têm vários brinquedos condenados, sem condições de uso e expõem as crianças a riscos de acidentes. Elas podem se machucar no uso dos brinquedos.

Foi o que constataram a PROTESTE Associação de Consumidores e a Ong Criança Segura ao avaliarem as condições de segurança desses equipamentos em 12 praças e parques públicos, metade em São Paulo e metade no Rio de Janeiro.

Entre os problemas mais comuns encontrados não só por falta de manutenção, mas por projetos mal formulados estão: falta de proteção em determinados brinquedos que pode gerar queda; partes rotatórias desprotegidas; falta de material no chão para atenuar queda; gangorras e balanços com afrouxamento; brinquedos de plástico quebrados e os de madeira em péssimas condições de uso, além de materiais que esquentam e podem queimar a criança em dias com temperatura mais elevada; equipamentos com partes enferrujadas e mal soldadas, com pontas agudas e afiadas; pintura descolando que pode gerar intoxicação, brinquedos mal projetados que acumulam água.

Foram avaliados em São Paulo os parques do Carmo, Independência, Piqueri, Guarapiranga e Ibirapuera; e a Praça Marli Noeli Carly Lacerda, na Vila Madalena. E no Rio de Janeiro, as praças Soldado Geraldo da Cruz, na Barra da Tijuca; do Barro Vermelho, em Jacarepaguá; Praça sem nome entre as Ruas Átila da Silveira e Frei Bento, em Madureira; Afonso Pena, na Tijuca; Parque do Catete, no Palácio do Catete; e Corumbá, em Botafogo.

Muitos equipamentos estão em péssimo estado, necessitando de interdição parcial e até total. Foram feitas fotos e inspeções visuais nos brinquedos. Os resultados serão encaminhados às Prefeituras e ao Ministério Público dos dois Estados pedindo providências.

A avaliação faz parte da campanha "Quero meu Parquinho Seguro", que pretende tornar obrigatória a norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), para que ela passe a ser usada como referência na construção dos brinquedos, no planejamento dos espaços e na manutenção de parquinhos.

O objetivo é garantir que normas mínimas de segurança sejam seguidas pelos fabricantes de equipamentos de playground, como a ação civil pública de autoria do Ministério Público Federal (MPF).

Além disso, há ainda um projeto de lei que tramita no Congresso Nacional e que deseja tornar obrigatório o uso da norma da ABNT na construção e manutenção dos parquinhos, para que sejam mais seguros às crianças.

Desde 2008, segundo o Ministério da Saúde, quase quatro mil crianças, com idades entre zero e 14 anos, foram internadas no Sistema Único de Saúde (SUS) devido a quedas ocorridas em parquinhos. No período de 2008 a 2013, foram registrados 18 casos fatais.

Os acidentes representam a principal causa de morte de crianças de 1 a 14 anos, no Brasil, segundo pesquisa do Ministério da Saúde. E o mais agravante: as quedas estão em primeiro lugar nas estatísticas. Entretanto, pelo menos 90% dessas lesões poderiam ser evitadas com atitudes de prevenção. Portanto, ficar de olho nas crianças enquanto estão brincando nos parquinhos nunca é demais.

Entre os cuidados ao levar seu filho para um parque estão: ficar de olho nas crianças. Repare se o piso onde vão brincar absorve quedas. Verifique se os brinquedos estão em boas condições e se são adequados à idade da criança. O piso deve ser de absorção para a queda, como grama, areia e borrachões. Observe ainda se os equipamentos não estão enferrujados ou quebrados ou se apresentam superfícies perigosas.