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Alimentos

Torres de chope: você pode estar pagando pelo que não consumiu

18 abr 2016
PROTESTE pediu mais fiscalização em bares do Rio de Janeiro após resultado de teste.
Tem que ficar esperto na hora de tomar um chopinho porque teste feito pela PROTESTE Associação de Consumidores em 10 barzinhos do Rio de Janeiro constatou que em três deles, a quantidade servida na torre era inferior à ofertada no cardápio.

Os resultados do teste foram enviados ao Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Rio de Janeiro (Ipem-RJ), solicitando empenho na fiscalização para que as torres de chope indiquem a quantidade volumétrica e de forma correta, no cardápio, indicando realmente a quantidade servida. Confira os resultados:

torres-chope

No Castelo do Chopp, no Centro, foi observada a maior discrepância. Em vez dos 3 litros prometidos, serviram 2,18; ou seja, 27% a menos. No Galeto do Vini, em Pilares, faltaram 570 ml, e no Carretão do Lido, 510 ml, dos 3 litros anunciados. 

Em alguns caos, a bebida é substituída por espuma. Ou seja, o bar contabiliza o chamado colarinho como bebida, como faz o Castelo do Chopp. O correto é colocar o chope até a marcação do recipiente e a espuma acima dela, porque esta, quando dissolvida, representa um volume muito pequeno da bebida.

O colarinho é o gás do chope, que protege o líquido do contato com o oxigênio do ambiente, evitando o amargor e preservando a sua temperatura. Mas a espuma não pode fazer parte da conta.

Na avaliação, foi constatado que, embora todas as torres tenham marcação volumétrica, o dado não consta nos cardápios do Só Kana, na Lapa, e do Galeto do Vini. E segundo o Código de Defesa do Consumidor (CDC), a informação adequada e clara de qualquer produto ou serviço é um direito do cliente.

Nos dois estabelecimentos citados, os pesquisadores tiveram que perguntar aos garçons qual era o volume servido antes de fazer o pedido. A informação prévia quanto ao volume é importante não apenas para efeito de comparação (do cardápio com a marcação da torre), mas também para o cliente se decidir entre a melhor relação custo-benefício no que diz respeito às ofertas do estabelecimento. 

Na avaliação, se constatou que a quantidade ofertada difere de um bar para outro. Na amostra da PROTESTE, foram encontradas torres de 2 litros, 2,5, 3 e 3,5 litros. A diferença também aparece no custo final, como vimos ao converter o valor da torre para o preço em litro. Na média geral, o litro do chope servido em torres, nos estabelecimentos avaliados, custa R$ 18,05.

A PROTESTE orienta a fazer o cálculo em cada estabelecimento antes do pedido, porque a discrepância é grande. Por exemplo, se você for ao Boteco Cabidinho, em Botafogo, pagará R$ 28,00 por litro. Já no Galeto do Vini, a bebida sai a R$ 13,30.

A conta foi feita levando em consideração o tamanho da torre anunciada. Quando cruzamos o volume servido de fato com o preço, o resultado muda. O Carretão do Lido foi o que cobrou mais caro. Lá, o litro do chope saiu a R$ 32,13, já que serviu apenas 2,49 litros dos 3 anunciados.

Caso se sinta lesado, você pode (e deve) exigir o abatimento proporcional do preço, a complementação da medida, a substituição do produto ou, ainda, o seu dinheiro de volta.