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Alimentos

Vigilância Sanitária do Rio confirma problemas detectados pela PROTESTE em food trucks

29 set 2016
Tiveram resultados insatisfatórios 30% das amostras de alimentos coletadas para análise nesses veículos que vendem comida.

Após estudo da PROTESTE Associação de Consumidores ter demonstrado falta de higiene e produtos contaminados em food trucks, a Subsecretaria de Vigilância, Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses do Rio de Janeiro, autuou diversos fornecedores. E informou que 30% das amostras de alimentos coletadas para análise nesses veículos que vendem comida, tiveram resultado insatisfatório.

A PROTESTE divulgou em agosto resultado do teste que apontou uma série de irregularidades cometidas pelos food trucks (comidas sobre rodas), como falta de higiene, produtos contaminados e armazenamento inadequado dos alimentos. Nas análises feitas pela associação, 35% dos produtos tinham bactérias indicadoras de higiene – mesófilos aeróbios – acima do limite seguro, sinalizando a falta de higiene durante a manipulação.

Foram avaliados seis eventos com food trucks, fixos e itinerantes, no mês de abril, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Constatou que alguns funcionários ignoram cuidados básicos de higiene, como lavar as mãos ou usar luvas descartáveis ao preparar os pedidos. Também negligenciam normas de segurança, como as de combate a incêndio, o que coloca em risco a segurança dos frequentadores.

Esses resultados foram enviados às Prefeituras e para a Vigilância Sanitária que, no caso do Rio de Janeiro, após fiscalização realizada nos eventos apontados pela PROTESTE, inspecionou os veículos, contatou irregularidades e autuou diversos fornecedores de alimentos.

Além de conferir a infraestrutura de cada evento, a PROTESTE comprou de churros a comida tailandesa em 28 estabelecimentos. Depois, mantendo as condições ideais de conservação, eles foram levados para análise em laboratório.

A comida tailandesa adquirida na feira Benê Food, na Praça Osvaldo Cruz, em São Paulo, por exemplo, apresentou 36 vezes mais Bacilus Cereus (bactéria patogênica) do que o recomendado por resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Não se mostrou segura por poder causar intoxicações alimentares devido à ingestão de toxinas (diarreica ou emética).

Desrespeito às normas de segurança causa risco aos frequentadores

Na mesma feira foram constatadas diversas falhas de segurança, que expõem a riscos as pessoas que frequentam o evento. Nas demais feiras também foram identificadas ameaças, com botijões mal posicionados, faltam de extintores de incêndio, fios espalhados pelo chão, mau aterramento de quadros de luz e muitos outros problemas. A PROTESTE enviou ofício à Prefeitura pedindo providências urgentes.

Apesar dos resultados encontrados, não é preciso deixar de consumir nesses estabelecimentos. Porém, você deve ter bastante cautela na escolha do veículo e da comida; pois é preciso que ofereçam ao consumidor instalações seguras e alimentos que sigam as normas corretas de higiene.

Foram avaliados no Rio de Janeiro: Food Park Carioca – Tijuca, evento fixo realizado no estacionamento do hipermercado Extra; o Mixturado Rio Park, da Barra da Tijuca; a Feira Planetária, na Gávea, que ocorre esporadicamente no Planetário da PUC-Rio; além do Festival Beer&Food, na Barra da Tijuca, evento realizado no estacionamento do Shopping Via Parque.

Em São Paulo foram visitadas as feiras fixas Benê Food de Arts, da Praça Osvaldo Cruz e o Tatuapé Street Park, realizado num estacionamento.