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PROTESTE realiza teste em antivírus de celular e constata que a maioria deixa a desejar

28 nov 2017
Apesar dos resultados negativos não dá para ficar sem um antivírus no celular, informa a Associação

Desde 2014, segundo dados da ComScore, o número de usuários de celulares ultrapassou o de desktops. É fato: hoje, muita gente anda com um verdadeiro minicomputador em mãos, acessando a Internet sempre que quiser. Mas tudo tem um lado negativo: com o amplo acesso à Web, os smartphones não estão imunes a vírus. Por isso, teve que ser criado o mobile security – versão do Internet security para celulares Android.

O problema é que, ao contrário dos antivírus de computador (que já passaram por diversos testes da PROTESTE, Associação de Consumidores), esses produtos para combater malwares em smartphones deixam muito a desejar. Essa foi à conclusão da Associação que avaliou pela primeira vez 22 versões pagas e gratuitas de antivírus para celular.

Apesar dos maus resultados, não dá para ficar sem um antivírus instalado no aparelho. Isso porque a quantidade de malwares (vírus, cavalos de Troia, spywares, entre outros) não para de crescer. De 2015 para 2016, de acordo com a AV Test, houve um aumento de 134% dessas ameaças no sistema Android.

Por isso, a PROTESTE realizou o teste com os antivírus e apontou a opção que se saiu melhor (embora com uma nota nem tão boa assim).

Antivírus atuam só no Android

No teste realizado, foi avaliado somente antivírus para celulares com sistema operacional Android. Isso porque não há mobile security para aparelhos com iOS, já que esse sistema é fechado, impedindo a existência de um antivírus dificultando muito a ação dos malwares.

Para descobrir o desempenho dos produtos, a PROTESTE realizou três testes. No primeiro, foram instalados 500 tipos de malwares em celulares e em seguida foram rodados os antivírus para verificar quantos eles conseguiriam identificar.

E aí vem a primeira surpresa: enquanto há produtos que detectam e bloqueiam praticamente todos (como o Eset, o Bitdefender e o GData), tem outros que deixam escapar a maioria das ameaças (o CM Security só percebeu 157 delas). No geral, boa parte não detecta nem 80% dos problemas.

No segundo teste, a situação foi ainda pior. A Associação simulou 500 ataques de diferentes phishings, ou seja, os técnicos entraram em sites coletam dados do aparelho (inclusive, as senhas do usuário) e vimos se os antivírus conseguiam perceber o perigo. Nesse caso, vale saber que nove antivírus informam que não atuam contra phishings, o que é inadmissível, já que esse tipo de ataque é muito perigoso.

Um dos aplicativos testados que diz ter o serviço não identificou nenhum phishing sequer: o 360 Security. Nenhum antivírus conseguiu detectar a totalidade (o melhor foi o Kaspersky, que encontrou 372 phishings).

Na última análise da PROTESTE, foi feito o download de 50 diferentes tipos de arquivo contendo malwares, com duas intenções: primeiro, ver se o antivírus detectaria a ameaça antes que o arquivo fosse definitivamente baixado, avisando para o usuário não prosseguir; segundo, checar se, após o download tendo conseguido ser feito, o antívirus pegaria o problema ao realizar o escaneamento (também chamado de varredura). Resultado: 12 produtos não avisaram a ameaça logo de cara.

O Bitdefender também detectou apenas um malware. Entre os que não detectaram, G Data e Kaspersky acabaram surpreendendo depois, ao apontarem, respectivamente, 44 e 43 malwares no
escaneamento.

O McAffe foi o melhor na primeira análise, que é a mais importante, alertando para 45 ameaças antes que o arquivo fosse baixado. E, após o download, ele ainda conseguiu detectar mais duas ameaças. Ou, seja, atingiu quase 100% de eficácia, se levar em conta as duas análises.


Três marcas pouco seguras
Outro aspecto importante no teste da Associação foi a privacidade dos dados. Foi avaliado se os antivírus, na hora da instalação, passam dados não criptografados para o servidor dos aplicativos. Isso aconteceu com as duas versões do Norton, McAfee, Avira, Avast e 360 Security. Os três enviaram informações sobre o número de série do aparelho aos seus servidores e de terceiros. Porém, os dois últimos, mandaram forma não criptografada.

No geral, os antivírus não são difíceis de instalar e não oferecem grandes dificuldades de uso. Também possuem uma configuração padrão aceitável na maioria dos casos. E a memória do celular não ficará muito comprometida com o aplicativo. O que mais consome memória RAM é o 360 Security (149 MB), mais que o dobro de vários modelos. O Lookout foi o que usou menos (24 MB).

Apesar dos resultados de desempenho terem desapontado a dica da PROTESTE, é que você instale o Eset. E a boa notícia: a versão gratuita é quase tão boa quanto a paga.