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Transporte

PROTESTE constata falhas em serviços de táxi nas 12 cidades sede da Copa

30 jun 2014
Estudo encontrou diversos tipos de problemas com este tipo de transporte.
Tarifas caras, cobranças indevidas, taxistas infratores e carros mal conservados. Esta foi a avaliação da PROTESTE Associação de Consumidores sobre o serviço de táxi nas 12 cidades que estão sediando jogos da Copa do Mundo. A prestação do serviço ainda deixa a desejar.


No Rio de Janeiro, por exemplo, houve cobrança de valores mais altos do que o marcado pelo taxímetro em duas viagens. E na maioria das cidades avaliadas, os taxistas deixaram o taxímetro ligado enquanto preenchiam o recebo de pagamento. Em Recife, o taxista alterou a bandeirada durante o percurso devido à mudança de municípios e não avisou.

Foram constatadas falhas graves no cumprimento do Código de Defesa do Consumidor, como cobrança de tarifas adicionais e não informação prévia ao consumidor sobre a mudança de bandeira na divisa de municípios. A exibição de adesivos com informações das tarifas foi encontrada apenas em Curitiba, Porto Alegre e Rio de Janeiro. Embora não sejam obrigatórios em todas as cidades, os adesivos são fundamentais para os passageiros.

Outro ponto negativo foi a infração das regras de trânsito. Foi constatado o uso do celular durante o trajeto em Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Natal, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. E o uso do cinto de segurança não foi realizado nas cidades de Natal e Salvador. 

Apenas 48% dos veículos avaliados tinham GPS. Em Porto Alegre e São Paulo, o aparelho foi encontrado em todas as viagens realizadas.

Externamente, a limpeza e a conservação dos veículos foram consideradas satisfatórias. Mas, internamente, foram encontradas falhas em quatro carros. Em Belo Horizonte, um dos veículos tinha o estofado encardido.

As diferenças nos preços das corridas foram significativas. A tarifa convencional mais cara foi encontrada em Cuiabá, em que a bandeirada, valor fixado no início da corrida, custa R$ 4,80. A bandeirada mais barata foi encontrada em Manaus, por R$ 3,50, uma diferença de R$ 1,30. 

O valor da hora parada também tem expressiva diferença entre as cidades. Em Recife, a tarifa é de R$ 13,75 por hora parada, enquanto o mesmo serviço custa R$ 34,00 em Manaus, uma diferença de R$ 20,25. 

A tarifa para cada quilômetro rodado, em Cuiabá, é de R$ 2,82, na bandeira 1, e R$ 3,95, na bandeira 2. O Rio de Janeiro tem os menores valores para essas tarifas, R$ 1,95 na bandeira 1 e R$ 2,34 na bandeira 2. Recife também cobrou R$ 1,95 na bandeira 1.

Para a avaliação foram percorridas quatro rotas diferentes entre aeroporto e hotel e vice-versa nas cidades de Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Brasília (Distrito Federal), Cuiabá (MT), Manaus (AM), Fortaleza (CE), Natal (RN), Recife (PE), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP).

A primeira rota foi feita em uma cooperativa instalada no aeroporto e as demais em táxi comum. A avaliação verificou taxímetro, a visibilidade do cartão de identificação e adesivo de tarifa, uso do GPS, estado de limpeza e a conservação dos veículos e as infrações cometidas pelos motoristas.

A PROTESTE encaminhou os resultados do estudo às prefeituras e câmaras municipais das 12 cidades, pedindo fiscalização e aprimoramento legislativo.