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Segurança

PROTESTE constata que aeroportos brasileiros falham na segurança

19 mai 2014
Informações precárias ou ausência de sinalização e de saídas de emergência, podem por em risco os passageiros em caso de necessidade de evacuação dos terminais.
Locais com pouca ou nenhuma presença de extintores, sem informações claras sobre regras de segurança, com fiação elétrica exposta e higiene precária em banheiros, com riscos à segurança dos passageiros e  dificuldades em necessidade de eventuais planos de evacuação, no caso de emergência. 

Esta foi a situação encontrada pela PROTESTE Associação de Consumidores, no mês de fevereiro, nos 14 aeroportos das 12 cidades em que haverá jogos da Copa do Mundo. Foram constatadas obstruções em  saídas de emergência nos aeroportos de Porto Alegre, Fortaleza e Manaus, por exemplo.

Alguns terminais aéreos não isolavam  as áreas das obras,  havendo risco de acidentes. São os casos de Manaus e Belo Horizonte, onde qualquer pessoa podia entrar em setores que, por serem de alto risco, deveriam ter seu acesso restrito. Além disso, as obras reduziam os espaços e congestionavam os saguões dos aeroportos, estreitando corredores e áreas de escape, podendo dificultar evacuações. 

Foram verificados riscos de incidentes potencialmente sérios no aeroporto de Natal. Nele, havia um vão entre a escada rolante e o guarda-corpo do primeiro piso, espaço suficiente para uma criança passar por ele. Isso, de fato, ocorreu em janeiro, no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, por pouco não vitimando fatalmente um menino.

Diante do cenário preocupante, os resultados foram enviados às autoridades competentes, assim que o estudo foi finalizado, na esperança de que os problemas fossem corrigidos antes da realização do Mundial. Foi pedida a interdição de espaços que coloquem em risco a segurança ou saúde dos viajantes. 

Foram enviados ofícios à Infraero, à Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Gerência Geral de Portos e Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegários (GPAE) e Corpos de Bombeiros para que sejam tomadas medidas corretivas em caráter de urgência para evitar que os transtornos prossigam durante a competição, período em que haverá grande demanda de passageiros nos terminais.

“É inadmissível que as vésperas de um evento internacional como este que o Brasil sediará, o usuário ainda se depare com falhas de infraestrutura nos aeroportos brasileiros, colocando em risco a segurança”, avaliou Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da PROTESTE.  

A avaliação da PROTESTE verificou as condições de segurança (itens de combate à incêndio, instalações elétricas, avisos e advertências, entre outros); conforto (quantidade de barracas, qualidade das instalações, facilidades de estacionamento) e higiene (condições de banheiros, cozinhas e locais comuns). Os aeroportos visitados foram: Salgado Filho – Porto Alegre – RS; Afonso Pena – Curitiba – PR; Guarulhos/Cumbica – São Paulo – SP; Congonhas – São Paulo – SP; Juscelino Kubitschek – Brasília – Distrito Federal; Marechal Rondon – Cuiabá – MT; Eduardo Gomes – Manaus – AM; Pinto Martins – Fortaleza – CE; Augusto Severo – Natal – RN; Gilberto Freyre – Recife/Guararapes – PE; Luís Eduardo Magalhães – Salvador – BA; Tancredo Neves – Confins – MG; Tom Jobim/Galeão e Santos Dumont – Rio de Janeiro – RJ.