A partir de Proteste Gostaríamos de informar que o nosso website utiliza os seus próprios e Cookies de Terceiros para medir e analisar a navegação dos nossos usuários, a fim de fornecer produtos e serviços de seu interesse. Ao utilizar o nosso website você aceita desta Política e consentimento para o uso de cookies. Você pode alterar as configurações ou obter mais informações em aqui.

Energia Elétrica

Campanha da PROTESTE pede fim às bandeiras tarifárias para baixar conta de luz

01 mar 2016
Em ação judicial, é pedida compensação ao que foi pago durante um ano.
A PROTESTE Associação de Consumidores está com a campanha Quem cala paga mais luz, para pressionar o governo a acabar com a cobrança das bandeiras tarifárias, ao invés de apenas suspendê-las. Foram arrecadados no ano passado R$ 1,078 bilhão a mais do que o custo com o uso de termelétricas para gerar a energia em período de falta de chuva, mas nada será devolvido ao consumidor.


Em ação civil pública (processo nº 0012287-53.2016.4.01.3400) protocolada ontem (29) e distribuída hoje (1º), na 9ª Vara da Justiça Federal de Brasília, a PROTESTE pede para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) compensar em média R$ 106,79 por residência, atualizados a partir de março de 2016, até a data do efetivo pagamento, pelos prejuízos durante todo o período de vigência das bandeiras tarifárias. Afinal, o brasileiro pagou R$ 14,712 bilhões com essa cobrança extra e as empresas arrecadaram bem além dos custos extras, para gerar energia quando cai o volume de água nos reservatórios das hidrelétricas.

Faz parte da campanha uma petição que será entregue ao Ministério da Energia, pedindo o fim das bandeiras; e há no site uma calculadora de consumo para simular a economia na conta alterando o tempo de uso dos eletrodomésticos. Também há um guia com várias dicas para reduzir o consumo de forma eficiente. E os consumidores que sofrerem corte indevido de energia serão orientados pela equipe da Associação.

Desde que houve consulta pública para discutir a implantação das bandeiras tarifárias, há quatro anos, a PROTESTE vem contestando a medida que impacta a capacidade dos consumidores de baixa renda de pagar tarifa, bem como a inflação. 

Na ação, respaldada pelos artigos 4, 6 e 51 do Código de Defesa do Consumidor (CDC), a PROTESTE reforça que a garantia de acesso aos serviços públicos essenciais, como é o caso da energia elétrica, é importante instrumento de justiça social, nos termos dos artigos. 1º e 3º, da Constituição Federal. Além de ser um direito básico nos termos do artigo 6º, inc. X, e 22 do CDC. As bandeiras configuram claro empecilho ao cumprimento destas finalidades. 

Desde a implantação do sistema, em janeiro do ano passado, só em abril será suspensa a bandeira vermelha, que desde 1º de fevereiro, passou a ter dois patamares: R$ 3,00 e R$ 4,50, aplicados a cada 100 kWh (quilowatt-hora) consumidos. Nada impede que, na estação seca, a bandeira volte a ser amarela ou vermelha e a conta volte a aumentar. A redução de 6% na conta de luz é irrelevante, diante dos mais de 50% de reajuste no ano passado. "A conta de luz continua pesando muito no orçamento", destaca Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da PROTESTE.