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Saúde

Perigo: apenas 9% dos pais notam problemas dos filhos com a balança

04 fev 2016
Pesquisa da PROTESTE aponta que obesidade infantil decorre de maus hábitos alimentares da família.
Pesquisa online feita pela PROTESTE Associação de Consumidores apurou os hábitos das crianças à mesa e também o comportamento dos pais. Dos 123 participantes (a maioria mães), apenas 9% acham que o filho tem problema de sobrepeso. Mas segundo os pais, 36% das crianças consomem fast food de três a quatro vezes por semana; 28%, de cinco a seis vezes por semana. E 48% dos pais sempre comem fast food com os filhos. 


Para piorar, 70% das crianças não jantam todas as noites e 23% não tomam café da manhã diariamente. Isso talvez indique um descontrole dos hábitos alimentares.

Em relação aos pais que conseguem enxergar que o filho se encontra acima do peso considerado ideal pelos pediatras, houve uma constatação impressionante na pesquisa: a maioria deles acha que esse sobrepeso não é um problema de saúde. 

Na hora que os pais constatam que o filho está acima do peso, o que fazem? 42% disseram que não fazem nada especial (apenas reduzem a quantidade de comida oferecida à criança em cada refeição). Já 33% simplesmente estimulam atividades para aumentar o gasto calórico cotidiano, como subir escadas e andar mais. 

Somente 25% dos pais matriculam o filho em aulas de dança, natação, futebol, etc., após constatar que estão acima do peso. E apenas outros 25% o levam a um nutricionista para que siga uma dieta personalizada.

Como as crianças agem: 40% amam comer com frequência; 37% às vezes pedem comida o tempo todo; 32% estão interessadas em comida com frequência; 30% às vezes têm um grande apetite; 30% sempre pedem algo para beber que não seja água.

O que os pais dizem fazer: 48% alegam dar bons exemplos alimentares ao filho; 43% garantem dar ao filho, na maioria das vezes, uma alimentação equilibrada; 36% sempre controlam o que o filho come. E 43% garantem que sempre têm comida saudável em casa; 41% dizem controlar a ingestão de alimentos menos saudáveis pelo filho e 36% dizem sempre controlar o que o filho come.

A pesquisa também mostrou que 22% de ambos os pais estão acima do peso (e em 12% dos casos, pelo menos um deles é obeso). A probabilidade de crianças sofrerem com a balança cresce se pelo menos um dos pais tiver excesso de peso. Mais uma vez, os adultos devem ficar atentos e procurar também se cuidar, para, assim, poderem ajudar os filhos.

Ainda há outro mau hábito que pode levar ao sobrepeso: nos dias de semana, 49% dos filhos dos entrevistados passam três horas ou mais vendo TV ou jogando videogames. Nos fins de semana – melhor momento para levar a criançada, por exemplo, a parques – esse valor sobe para 70%. E, como se sabe, o sedentarismo também faz o ponteiro da balança disparar.

A obesidade já é problema de saúde pública e aumenta os fatores de risco para doenças cardiovasculares. No Brasil, indicadores do ano passado da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), sobre alimentação adequada, apontaram que entre cinco e nove anos, o percentual de crianças com excesso de peso chega a 33,5%. Na adolescência, o quantitativo é de 20,5%. Além disso, os dados mostram que o estado nutricional na primeira infância repercute na vida adulta. Nesse contexto, a prevalência de excesso de peso em adultos tem crescido nos últimos anos. Em 2012, metade da população adulta estava com excesso de peso, sendo 17, 2%, com obesidade.