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Carros

Regulamentação em segurança veicular pode poupar 440 mil mortes e sequelas graves na América Latina

27 out 2016

Redução do número de vítimas poderia poupar até 143 bilhões de dólares em 15 anos.

Um novo relatório do Programa de Avaliação de Carros Novos da Global NCAP e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) divulga que 40 mil vidas de ocupantes de carros poderiam ser salvas, bem como evitar 400 mil sequelas graves em 2030 na América Latina, se forem adotadas as medidas básicas de segurança veicular propostas pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a região.

O Laboratório de Investigação do Transporte do Reino Unido (TRL na sigla em inglês) realizou o estudo independente e suas conclusões são estreitamente alinhadas com as recomendações adotadas pela Assembleia Geral das Nações Unidas e as Metas Mundiais para o Desenvolvimento Sustentável.

O alvo dessa análise foi estimar quantas mortes e feridos poderiam ser evitados em quatro países da América Latina: Argentina, Chile, México e Brasil; estipulando normativas de segurança mínimas para veículos por meio dos programas de testes de colisão. As principais normas consideradas são quatro da ONU, números 14 e 16, referentes a cintos de segurança e ancoragens; a 94 sobre proteção para ocupantes em impacto frontal; e 95 que define a proteção para ocupantes em impacto lateral.

O estudo divulga que poderiam ser prevenidas até 40 mil mortes de ocupantes de veículos entre 2016 e 2030, se forem implementados padrões mínimos de segurança veicular. Se também forem considerados os ocupantes seriamente lesionados, então poderiam ser prevenidas as sequelas e as mortes de até 440 mil ocupantes de veículos. Uma avaliação econômica sugere que essas reduções no número de vítimas poderiam poupar até 143 bilhões de dólares no período de 2016 a 2030.

David Ward, secretário geral do Global NCAP, disse: "O resultado deste relatório é claro, os valores para melhorar os veículos da população da América Latina, visando atingir o requerido pela ONU, são traduzidos para 143 bilhões de dólares poupados".

Dalve Soria Alves, especialista sênior de transporte e coordenador de segurança viária do Banco Interamericano de Desenvolvimento, expressou: "Alguns países da América Latina iniciaram o processo legislativo e agora estão aplicando algumas normas similares às da União Europeia e às de outras regiões industrializadas; mas continua existindo uma brecha significativa entre as normas de segurança dos veículos regulados nas regiões industrializadas com as da América Latina. Em particular, os testes de impacto frontal e lateral impostos pelas regulações 94 e 95 das Nações Unidas deveriam ser obrigatórios e aplicados a todos os carros novos que fossem vendidos em toda a região da América Latina, devendo isso ocorrer o mais rápido possível. Esse relatório mostra o número de vidas que podem ser salvas, se forem implementadas medidas de segurança. O BID exorta todos os governos a implementá-las rapidamente."

María Fernanda Rodríguez, presidente do Latin NCAP, comentou: "Esse relatório demonstra que devem ser implementadas as regulações da ONU na região da América Latina. Sabemos que os fabricantes podem fazê-lo, mas não cooperam; os governos devem agir agora para salvar as vidas de seus cidadãos que merecem os mesmos níveis de proteção que os norte americanos ou europeus". 

Richard Cuerden, chefe científico do Laboratório de Investigação do Transporte do Reino Unido, falou: "Há necessidade imperiosa de adotar as regulamentações de segurança secundárias para veículos impostas pelas Nações Unidas na América Latina. Essas normas de segurança estão em vigor na União Europeia há décadas, conseguindo evitar as desnecessárias mortes e lesões de centenas de milhares de pessoas. O estabelecimento de uma proteção mais comum e equitativa no caso de uma colisão, para todos os usuários de veículos, sem importar a região, seria um grande passo para a democratização da segurança viária".