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Carros

Volume de combustível indicado na bomba pode estar adulterado, alerta PROTESTE

18 out 2017
Adotar simples medidas, como ficar atento à manutenção do carro e à forma como dirige, é o segredo para quem deseja diminuir os gastos com gasolina

Seguindo a nova política da Petrobras, o preço do combustível está cada vez mais salgado e sofrendo variações muito frequentes. Além disso, o consumidor pode estar pagando por uma quantidade de gasolina e recebendo outra menor.

Em um estudo realizado em 30 postos espalhados pela cidade de São Paulo, a PROTESTE, Associação de Consumidores, preparou um automóvel em laboratório para que o líquido fosse direcionado do tanque para um recipiente instalado no porta-malas. Dessa forma a associação conseguiu conferir o volume de gasolina.

Foram avaliados postos bandeirados ALE, BR Petrobrás, Ipiranga e Shell, assim como postos bandeira branca – aqueles que não possuem vínculo de exclusividade com o fornecedor. Após o procedimento, foi verificada também se a quantidade de líquido presente no recipiente era a mesma indicada na bomba.

De acordo com o Inmetro, o erro máximo tolerado entre a quantidade indicada na bomba e a realmente entregue ao consumidor é de 0,5%, para mais ou para menos. Em sete dos postos visitados havia diferença superior ao que prevê a lei.

A pior discrepância foi observada em um posto da bandeira ALE. Embora a bomba marcasse 38.900L, o volume recebido foi 38.530L – uma diferença relativa de 0,95%. Em outro posto da bandeira a PROTESTE encontrou a mesma situação. O consumidor leva 0,51% a menos de gasolina do que a supostamente colocada no tanque.

Dois postos da bandeira BR Petrobrás também apresentaram divergência entre a quantidade de combustível fornecida e a indicada na bomba de abastecimento. Em um deles, foi entregue 0,84% a menos de gasolina do que o anunciado. No outro, a diferença foi de 0,71%.

Em um posto Ipiranga, dos 39.430L comprados, recebemos 220ml a menos. Em outro ponto da cidade, dos 38.747L adquiridos, faltaram 317ml.

No posto de bandeira Shell, foi solicitado 38.742L de gasolina, com o valor total de R$ 120. No entanto, no laboratório foram medidos 38.400L, ou seja, uma diferença relativa de 0,88%.

Esse tipo de situação pode ser encontrada em diversos pontos das cidades brasileiras. Uma dica para fugir da armadilha é conhecer a autonomia do carro. Procure fazer o cálculo da média de quilômetro rodado por litro usando o computador de bordo, ou uma simples medição rodando com tanque cheio em variadas condições após zerar o hodômetro. Ao perceber que após abastecer em um determinado posto o consumidor rodou menos do que costumava, é preciso ficar atento.

Caso suspeite que o valor exibido na bomba de combustível é diferente do volume de gasolina realmente colocado no tanque do carro, o cliente tem o direito de exigir que o estabelecimento realize o teste de vazão na sua frente. A diferença máxima permitida é de 100 ml de combustível, para mais ou para menos, a cada medida de 20L.


Dicas de como economizar combustível


Adotar simples medidas, como ficar atento à manutenção do carro e à forma como dirige, é o segredo para quem deseja diminuir os gastos com gasolina. Especialistas no assunto afirmam que dirigir com prudência resulta em 10% de economia. Confira as dicas da PROTESTE:

1. Manter a revisão do seu veículo em dia. A desregularem do motor pode consumir até 60% a mais de combustível. O consumidor também deve calibrar os pneus com frequência - uma vez vazios, eles enfrentam mais resistência, fazendo o motor gastar mais. Óleo, filtros limpos e combustível de qualidade também ajudam a economizar;

2. Ir com calma! Quanto mais forte o consumidor pisa no acelerador, mais gasolina o motor consome. Além disso, respeitar os limites de velocidade é essencial para a segurança no trânsito. Acelere o veículo de forma progressiva, antecipe paradas e dirija em velocidade constante, pois isso também ajuda a consumir menos;

3. Fugir dos engarrafamentos. Muitas vezes, trajetos mais longos com velocidade constante podem compensar o consumo de combustível que você teria andando a baixas velocidades em trechos mais curtos;

4. Programar os trajetos. Quando for ao shopping, por exemplo, e o estacionamento estiver muito cheio, o consumidor deve evitar ficar circulando atrás de vagas. Nessas situações, com o veículo em baixa velocidade, o consumo de gasolina é maior. Portanto, por mais apressado que esteja, o melhor é parar o carro e esperar a saída de outro;

5. Não guardar muitos objetos dentro de seu carro. Cada 50 quilos a mais equivalem a até 5% de aumento no consumo de combustível. Se transportar pranchas ou bicicletas no teto, o consumidor ainda prejudica a aerodinâmica do veículo, que vai gastar ainda mais combustível.

6. Conduzir o veículo com as janelas fechadas. Isso reduz a resistência do ar e diminui o consumo de gasolina. É importante usar o ar-condicionado modo racional, já que, para funcionar, ele usa o motor do carro, necessitando de mais combustível;

7. Nunca andar em "ponto morto". Ao contrário do que muitos pensam, andar no ponto morto em descidas não diminui o consumo de combustível. Além de não gerar economia, isso pode ser perigoso, pois o carro não tem a ajuda do freio motor, ganha muita velocidade e pode causar acidentes.

Ao perceber alguma irregularidade, o consumidor pode fazer uma denúncia à Agência Nacional do Petróleo (ANP). Para isso, basta acessar o site www.anp.gov.br/faleconosco ou o telefone 0800-9700267. A PROTESTE também pode auxiliar o consumidor, assim como outros órgãos de defesa do consumidor.